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Estado poderá receber R$ 8 bilhões de créditos da CEEE, diz Lemos
Cifra pode ficar com caixa gaúcho, mesmo após a venda da companhia, aposta secretário
No governo de José Ivo Sartori (MDB, 2015-2018), Artur Lemos (PSDB) dirigiu a pasta de Minas e Energia e foi um dos principais articuladores da tentativa de privatização das companhias estadual de Energia Elétrica (CEEE), de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) e Riograndense de Mineração (CRM). Agora, como secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura do governo Eduardo Leite (PSDB), avalia que os créditos da CEEE - que podem chegar a R$ 8 bilhões - possam ficar com o Estado, mesmo após a venda da companhia, que foi autorizada pela Assembleia Legislativa.
Durante a discussão no Parlamento, um dos debates mais intensos foi sobre quem ficaria com os passivos e os eventuais créditos das companhias após a privatização: se a empresa que adquirisse ou o Estado. No caso da CEEE, Lemos afirma que os técnicos do Estado - que atuarão na modelagem do negócio em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - vão pressionar para que os créditos dessa ação bilionária envolvendo ex-autárquicos e inativos sejam revertidos aos cofres estaduais, se confirmada a vitória na Justiça.
Com isso, a CRM não vai participar do mercado carboquímico instituído pela lei que implementou o Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul em 2018. "Não há um contrassenso entre a venda da CRM e o Polo Carboquímico porque o Estado não teria dinheiro para investir na abertura de uma nova mina", argumenta. Lemos projeta que o mercado em torno do carvão deva gerar R$ 1 bilhão ao ano, por duas décadas.
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