LDO passa sem alterações na Comissão de Finanças

Texto prevê congelamento do orçamento e déficit de R$ 4,3 bilhões

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Relator da LDO, Mateus Wesp (d) defendeu votação do projeto original
A base aliada do governo Eduardo Leite (PSDB) conseguiu aprovar, nesta quinta-feira - sem nenhuma alteração -, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, da Assembleia Legislativa. A primeira LDO da gestão Leite prevê o congelamento do orçamento de todos os poderes e instituições que compõem o Estado e do salários dos servidores públicos, além de prever um déficit de R$ 4,3 bilhões. O projeto deve ir ao plenário na próxima terça-feira.
Depois de cerca de duas horas de discussões, os parlamentares aprovaram - por 9 votos favoráveis e três contrários - o relatório do deputado Mateus Wesp (PSDB), que defendia a aprovação do projeto original enviado pelo Executivo. Entre os que votaram a favor, oito eram governistas e um independente, Giuseppe Riesgo (Novo). Entre os que votaram contra, todos eram da oposição: Luiz Fernando Mainardi, Pepe Vargas (ambos do PT) e Juliana Brizola (PDT). Wesp rejeitou 28 das 29 emendas apresentadas por colegas da base, oposição, independentes e entidades da sociedade civil. Uma emenda foi retirada.
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Lara propõe carteira de projetos de desenvolvimento

Um dia após a aprovação dos projetos que permitem a privatização das companhias Estadual de Energia Elétrica (CEEE), de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) e Riograndense de Mineração (CRM), o presidente da Assembleia Legislativa, Luís Augusto Lara (PTB), anunciou que a principal campanha do Parlamento no segundo semestre será a constituição de uma carteira de projetos prioritários de desenvolvimento regional. A intenção é que cada deputado, que coordena uma frente parlamentar ou integra uma comissão, atue como um supervisor de projetos para qualificar o Estado.
"Apesar das diferenças ideológicas, todos conhecemos as causas e as consequências da crise. O que precisamos para sair dela é um conjunto de projetos que seja tratado como de Estado", sustentou.
Como exemplos de temas para a carteira de projetos, Lara citou a necessidade de um novo patamar sanitário para acessar os mercados de proteína animal da China e da União Europeia, a revisão da política fiscal para beneficiar empresas que queiram aproveitar a estrutura do Porto do Rio Grande para vender gás e questões de infraestrutura.