Candidatos focam biografias no primeiro programa de TV no Rio Grande do Sul

Veja como foi o primeiro Horário Eleitoral Gratuito na televisão no Rio Grande do Sul

Por Paulo Serpa Antunes

Primeiro programa eleitoral gratuito de TV das eleições 2018. Na foto: Eduardo Leite
Começou nesta sexta-feira (31), às 13h, o Horário Eleitoral Gratuito na televisão. O primeiro programa foi dedicado aos candidatos ao governo do Estado, ao Senado e à Assembleia Legislativa – amanhã o espaço será dos candidatos à Presidência e à Câmara do Deputados. No Rio Grande do Sul, o clima do primeiro programa foi leve, focado na apresentação dos candidatos e sem nenhum ataque pessoal.
O primeiro candidato a governador, definido por sorteio, a aparecer na TV foi Jairo Jorge (PDT). Com pouco menos de um minuto, o trabalhista foi objetivo, mostrando suas realizações como prefeito de Canoas e afirmando que "eu sei fazer, porque já fiz e deu certo".
Na sequência veio Eduardo Leite (PSDB), o segundo candidato com mais tempo de tela. Leite iniciou o programa abrindo a porta do seu apartamento em Porto Alegre e a casa onde nasceu e cresceu em Pelotas. Os pais do candidato também apareceram no programa, atestando seu caráter. No segmento final da propaganda, o ex-prefeito de Pelotas apareceu preparando e tomando chimarrão na tela, declarando "vamos estender a mão compartilhar, como fazemos com o chimarrão".
Com longos três minutos e 18 segundos de programa, José Ivo Sartori (MDB) se deu o luxo de aparecer pouco na tela. Na abertura do seu programa, quem deu as caras foi o engenheiro civil Ivar Bastos, defendendo suas realizações como governador. O foco do programa foi a apresentação do jingle de campanha, que promete grudar na cabeça com o refrão "O gringo tá certo!". Num discurso gravado e logo depois, diante das câmara, Sartori apareceu brevemente fazendo referências a um trecho da música, dizendo: "em 2015, recebemos um Rio Grande de joelhos, mas em 2022, com tua força, vamos entregar um Rio Grande de pé".
Com pouquíssimo tempo de TV, Roberto Robaina (PSOL) e Mateus Bandeira (NOVO) usaram estratégias diferentes. O candidato de esquerda repetiu seu discurso contra os mais ricos, como em outras campanhas, e ainda dividiu a tela com sua candidata a vice, Professora Camila (PSOL). Já o liberal convidou o telespectador para conhecer suas propostas pela redes sociais.
"Lula também é uma ideia, uma ideia de que todos podem viver bem". Com esta declaração, Miguel Rossetto (PT) deu o tom do que deve ser sua campanha, se apresentando como o candidato do ex-presidente Lula. Chamou ainda a atenção no programa do petista o seu slogan: "é hora de fazer um Rio Grande justo".
Os candidatos Julio Flores (PSTU) e Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) não apresentaram seus programas, ficando de fora da transmissão.

Carmen Flores e Manuela d'Ávila abrem a propaganda dos candidatos ao Senado e a Assembleia

Coube à empresária Carmen Flores, do PSL, abrir a propaganda eleitoral gratuita na TV para o Senado no Rio Grande do Sul, se apresentando como "a senadora do Bolsonaro".
Na sequência, vieram os três candidatos que estão à frente nas pesquisas, todos com mais tempo de TV: Beto Alburquerque (PSB), José Fogaça (MDB) e Paulo Paim (PT). Todos usaram seu tempo para falar com o telespectador, com Beto Alburquerque apostando no jingle "Bota o Beto lá". Outro candidato com bom tempo na tela, Luis Carlos Heinze (PP) optou por um programa sóbrio, gravado na rua, mesclado com imagens mostrando a sua infância e sua atuação parlamentar.
Abigail (PCdoB), Cleber Soares (PCB), Mario Bernd (PPS), Sandra Weber (SDD) e Ana Varela (PODE) usaram seu curto tempo na tela para se apresentar ao telespectadores. A exceção foi o candidato Machado (DC) - sua foto e seu número de campanha apareceram estáticos na tela. O Rio Grande do Sul possui ainda outros quatro candidatos ao Senado, que não apareceram neste primeiro dia de transmissão.
No espaço dos candidatos a deputado estadual, a curiosidade é que a pessoa que abriu a propaganda está fora da disputa: Manuela D'Ávila, deputada mais votada na eleição de 2014, entrou no ar para pedir votos para os candidatos do PCdoB. Manuela decidiu não concorrer à reeleição e aguarda a oficialização da chapa do PT para Presidência para ser confirmada como candidata a vice.