Marcas, marketing e tecnologia

Günther Staub

Hoje são incontáveis os meios de comunicação entre as pessoas, que, cada vez mais, ficam tão absorvidas com seus aparelhos, que quase nem percebem o que está ao seu redor. Esse envolvimento com as máquinas torna essas mesmas pessoas mais individualistas e pouco abertas para a comunicação com seus pares.

Uma mera foto de uma mesa de doces, no Instagram, ou a cor de um vestido, no Facebook, desencadeia, de forma instantânea, milhares de curtidas e de comentários e, frequentemente, transborda para as mídias convencionais (tevê, jornal e rádio), sendo até motivo para grandes debates.

Além dessa instantaneidade, muitos dos equipamentos e processos utilizados têm curta duração e não servem mais, porque a indústria trabalha num sistema de obsolescência programada, em que equipamentos atuais estão sempre desatualizados e outros novos vão surgindo.

Essa realidade, hoje mundial, dificulta a vida da propaganda, do marketing e dos profissionais que trabalham na área.

Dentro desse panorama, no auxílio a publicitários, marqueteiros e administradores, uma das alternativas é pensar o uso de tecnologias como ferramentas que auxiliem esses profissionais a conhecer e a prever o comportamento dos consumidores. É o caso do neuromarketing, área que possibilita aos profissionais o desenvolvimento de estratégias que façam mais sentido e que sejam mais rapidamente aprendidas pelos consumidores. Fundamentalmente, consiste em importante potencial de medição da atividade cerebral para entender as respostas dos consumidores. Usando técnicas de neurometria, de pupilometria, ou de ressonância magnética, por exemplo, é possível compreender determinadas atitudes e delinear estratégias que possam chegar mais perto dos consumidores.

Mesmo que essa tecnologia seja ainda pouco empregada, já existe um movimento expressivo de empresas que se valem desses recursos, para garantir bons resultados com suas marcas.