Planejamento e dados: construindo marcas em um mundo líquido

Head de Planejamento da DM9Sul

Por JC

LUÍSA VON MÜHLEN BETTIO - CRÉDITO CLAUDIO LACERDA
Luísa von Mühlen Bettio
É inquestionável que o conhecimento é o grande responsável pelo desenvolvimento da humanidade. Graças a ele, chegamos a lugares que nem poderíamos imaginar. O homem entendeu que a Terra era redonda, foi até lua e também inventou o pão em fatias, o que nos levou até o maravilhoso sanduíche.
E o que é o conhecimento se não a interpretação de uma série de dados? Uma mistura de códigos e informações com um intuito? Complexo ou simples, é o conhecimento que nos move para a direção certa (ou, ao menos, para alguma direção).
Com o planejamento e o desenvolvimento de negócios e marcas, não é diferente. Os dados interpretados geram insights e se transformam em conhecimento, auxiliando tomadas de decisão, minimizando incertezas e transformando resultados.
A Dove, por exemplo, entendeu, através de pesquisas, que apenas 4% das mulheres se consideravam bonitas e passou a trabalhar o conceito da beleza real, estabelecendo uma conversa verdadeira e próxima com suas consumidoras.
As empresas que não entenderem que dados são a moeda corrente da nova economia vão perder competitividade e, mais cedo ou mais tarde, ficarão para trás.
Esse é o mundo líquido no qual vivemos: em constante transformação, incapaz de manter a mesma forma por muito tempo e com mudanças constantes de comportamento dos consumidores. Um lugar onde nada é feito para durar.
Com o avanço da tecnologia e em um mercado cada vez mais digitalizado e integrado, obter dados nunca foi tão fácil. De acordo com relatórios da indústria, cerca de 2,5 quintilhões (isso mesmo, quintilhões) de bytes de dados são criados diariamente, carregando atitudes, escolhas e interações que atravessam categorias, países e aspectos demográficos.
O bom planejamento considera essas mudanças. Mensura, apura e trabalha com a informação. São esses dados, equilibrados em uma boa interpretação e na criatividade, que geram um trabalho completo e consistente.
Como diz Keith Weed, Diretor de MKT e Comunicação da Unilever: "Construir uma grande marca é uma mistura entre mágica e lógica. Um pouco de arte e ciência". Ou seja, os dados são, sim, fundamentais. Mas é o olhar sobre eles que faz toda a diferença.