Finlândia abandona neutralidade e oficializa candidatura à Otan

Parlamento finlandês analisa adesão nesta segunda-feira (16), mas a grande maioria dos congressistas apoia a iniciativa

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Sanna Marin e Sauli Niinistö anunciaram decisão de se candidatar à aliança em coletiva neste domingo
A Finlândia decidiu solicitar a adesão à Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan), anunciaram neste domingo (15) o presidente e a primeira-ministra do país, abandonando décadas de não alinhamento militar após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
"É um dia histórico. Começa uma nova era", declarou o presidente finlandês, Sauli Niinistö, em uma entrevista coletiva, ao oficializar o que vinha sinalizando que faria desde a semana passada. "Conseguiremos segurança e a estenderemos para a região do mar Báltico e para toda a aliança", disse ele a repórteres.
O Parlamento finlandês deve examinar na segunda-feira (16) o projeto de adesão, mas analistas consideram que a grande maioria dos congressistas apoia a iniciativa. A Suécia também deve solicitar o ingresso no tratado, seguindo Helsinque.
A Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia, permaneceu como um país não alinhado durante 75 anos. Mas depois que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia em fevereiro, o consenso político e a opinião pública se inclinaram a favor da adesão à aliança militar.