Justiça dos EUA vai investigar Trump por manuseio de documentos confidenciais

Promotores emitiram uma intimação à Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA para obter os documentos

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ORLANDO, FLORIDA - FEBRUARY 28: Former President Donald Trump embraces the American flag as he arrives on stage to address the Conservative Political Action Conference held in the Hyatt Regency on February 28, 2021 in Orlando, Florida. Begun in 1974, CPAC brings together conservative organizations, activists, and world leaders to discuss issues important to them. Joe Raedle/Getty Images/AFP (Photo by JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
O Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação para apurar se o ex-presidente norte-americano Donald Trump manipulou incorretamente documentos confidenciais que foram levados para sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. A notícia foi publicada pelo jornal The New York Times nesta quinta-feira (12).
Segundo a reportagem, os promotores emitiram uma intimação à Administração Nacional de Arquivos e Registros (Nara, na sigla em inglês) para obter os documentos. As autoridades também enviaram pedidos de entrevistas a pessoas que trabalharam na Casa Branca no fim do mandato de Trump.
A investigação começou depois que a Nara recuperou 15 caixas de documentos, incluindo registros confidenciais, que Trump tinha levado para sua propriedade em Mar-a-Lago quando deixou a Casa Branca em janeiro de 2021. Os papéis foram obtidos pela agência um ano após Trump deixar a presidência e depois de um imbróglio com a defesa do republicano, que se negava a entregar a papelada.
Em fevereiro deste ano, a agência independente confirmou que entre os documentos continham informações classificadas como de segurança nacional. O comitê de supervisão da Câmara dos Deputados dos EUA chegou a abrir uma investigação sobre o assunto, já que pode ter acontecido uma violação à Lei de Registros Presidenciais, norma que exige a preservação de toda a comunicação escrita relacionada aos deveres oficiais de um presidente.
O Departamento de Justiça não quis comentar o assunto. Os representantes de Trump também não comentaram. O ex-presidente confirmou anteriormente que concordou em devolver certos registros à Nara, chamando o processo de "comum e rotineiro".