Finlândia e Suécia devem se posicionar sobre entrada na Otan na quinta-feira

Aliança Militar pode, em breve, contar com dois novos membros localizados na fronteira russa

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A picture shows the flag of the North Atlantic Treaty Organization (NATO) prior to the Meeting of NATO Ministers of Defence in Brussels, on October 21, 2021. (Photo by Kenzo Tribouillard / AFP)
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Neutralidade histórica

Durante a Guerra Fria, a Finlândia se manteve afastada da Otan para evitar uma provocação à União Soviética, enquanto a Suécia já tinha uma tradição de neutralidade que data do fim das Guerras Napoleônicas. Na época, ambos os países construíram forças armadas robustas para combater qualquer ameaça soviética, caso fosse necessário. A Suécia chegou a ter um programa de armas nucleares, mas o descartou na década de 1960.
A ameaça de um conflito com a União Soviética surgiu em outubro de 1981, quando um submarino soviético encalhou na costa do sudoeste da Suécia. Eventualmente, o submarino foi puxado de volta para o mar e encerrou um impasse entre as forças suecas e uma frota de resgate soviética.
À medida que o poder militar da Rússia enfraqueceu na década de 1990, a Finlândia manteve a guarda alta, enquanto a Suécia, que considerou o conflito com a Rússia cada vez mais improvável, reduziu as forças armadas e mudou o foco da defesa territorial para missões de paz em zonas de conflito distantes.
A anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 levou os suecos a reavaliar a situação de segurança. Eles reintroduziram o recrutamento para as forças armadas que existia durante a Guerra Fria e começaram a reconstruir as capacidades defensivas, inclusive em ilhas estratégicas no Mar Báltico.
Analistas de defesa dizem que a Finlândia e a Suécia têm forças armadas modernas e competentes que aumentariam significativamente as capacidades da Otan no norte da Europa. As forças finlandesas e suecas treinam com frequência com a aliança ocidental.