Mais de 10 mil civis morreram em Mariupol durante a guerra, afirma prefeito

A cidade possuía 400 mil habitantes antes da guerra e, até o momento, cerca de 100 mil permanecem

Por Agência Estado

Esta imagem de satélite Maxar, tirada em 19 de março de 2022 e divulgada em 21 de março de 2022, mostra prédios de apartamentos em chamas, "provavelmente bombardeados por artilharia" de acordo com Maxar, e prédios em chamas no nordeste de Mariupol, na Ucrânia. - O líder ucraniano Volodymyr Zelensky disse em 21 de março que seu país seria "destruído" antes de entregar suas cidades às forças invasoras russas, ao mesmo tempo em que pediu conversas diretas com Vladimir Putin como a chave para acabar com a guerra.
O prefeito da cidade portuária ucraniana de Mariupol disse nesta segunda-feira (11) que mais de 10 mil civis morreram no cerco russo da cidade, e que o número de mortos pode ultrapassar 20 mil, com cadáveres que "formaram um tapete nas ruas". A cidade possuía 400 mil habitantes antes da guerra e, até o momento, cerca de 100 mil permanecem.
Mariupol é palco de algumas das principais tentativas de retiradas de civis desde o início do conflito no Leste Europeu. Autoridades locais relatam que a maior parte dos edifícios e da infraestrutura da cidade portuária foi destruída.
Avanço no leste
A Rússia voltou a atacar a Ucrânia neste final de semana em mais uma ofensiva para destruir as defesas ucranianas e tomar o leste do país. Segundo o próprio governo de Vladimir Putin, vários equipamentos de defesa aérea da Ucrânia foram destruídos, no que parece ser um novo esforço, antes de seguir para o leste, para ganhar superioridade aérea e excluir armas vistas como cruciais para a resistência.
Com sua ofensiva em muitas partes do país frustrada, as forças russas confiam cada vez mais no bombardeio de cidades para tomar áreas que ainda não controla na região de Donbas e solidificar seu domínio na região costeira do sul, de Kherson a Mariupol. Na sexta-feira passada, 8, uma estação de trem foi bombardeada na cidade de Kramatorsk, no leste, e ao menos 57 pessoas morreram.
Um aeroporto na cidade central de Dnipro também foi bombardeado; e, na cidade de Kharkiv, mais de 60 ataques foram registrados no fim de semana. Todas estas são vistas como cidades-chave para a estratégia da Rússia.
Em Izium, na região de Kharkiv, autoridades militares e locais da Ucrânia dizem que a Rússia montou o principal ponto de preparação e lançamento militar para o ataque ao que resta do território ucraniano na região. Izium pode servir de eixo para essas tropas por ficar no nordeste, entre Donbas e Mariupol, e a leste de Dnipro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)