Negociações
Depois de concordar em reduzir a ofensiva em Kiev e arredores, a Rússia está reagrupando forças de várias partes da Ucrânia para retomar com mais vigor a campanha no leste do país. Nesta quinta-feira, o governo de Vladimir Putin lançou acusações contra a delegação diplomática do governo ucraniano, alegando que Kiev alterou sua posição sobre cláusulas previamente acordadas.
O ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, disse que Kiev apresentou um novo esboço de um tratado na quarta-feira no qual cláusulas sobre quais já havia consenso sofreram alterações.
Segundo Lavrov, na semana passada Kiev concordou inicialmente que as garantias de segurança que seriam dadas à Ucrânia por um grupo de países não se aplicariam à Península da Crimeia, anexada militarmente pela Rússia em 2014.
Disse, também, que qualquer exercício militar poderia ser realizado pela Ucrânia apenas com o consentimento de todos os países garantidores, incluindo a Rússia. Segundo o chanceler russo, no entanto, no novo projeto de documento este parágrafo é substituído pela necessidade de obter o consentimento da maioria dos países garantidores.
As acusações acontecem em um contexto de esfriamento das negociações, após as descobertas de corpos abandonados com indícios de execução em ruas de cidades que a Rússia ocupava, como Bucha, nos arredores de Kiev. (Com agências internacionais).