Na ONU, Rússia diz que forças armadas deixaram Bucha 'em ato de boa fé' e nega crimes

Nebenzya disse ainda que a Rússia não impediu nenhum cidadão de deixar Kiev, uma vez que um caminho ao norte estaria aberto

Por Agência Estado

Field engineers of the State Emergency Service of Ukraine conduct mine clearing among destroyed vehicles on a street of Bucha on April 5, 2022, as Ukrainian officials say over 400 civilian bodies have been recovered from the wider Kyiv region, many of which were buried in mass graves. - Bucha had been occupied by Russian troops, but when they withdrew recently Ukrainian authorities and independent international journalists including AFP found bodies of people in civilian clothing, some with their hands tied behind their backs. (Photo by Genya SAVILOV / AFP)
O representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, negou as acusações de crimes de guerra, feitas por embaixadores de outros países durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira (5). Com ataques à Bucha, na Ucrânia, como tema central do debate, Nebenzya disse que seu país retirou as forças armadas "em um ato de boa fé" e alegou que as outras nações estavam se precipitando em chegar a conclusões.
"Nossas forças armadas estão sendo acusadas de atos malignos. Os vídeos foram feitos por mídias do Ocidente e forças humanitárias que dizem ser imparciais, mas que claramente têm visão ucraniana dos fatos", afirmou. O embaixador mencionou como argumento, por exemplo, que em determinado vídeo foram entrevistados civis ucranianos que não mencionaram tiroteios em massas ou corpos pela cidade de Bucha.
Nebenzya disse ainda que a Rússia não impediu nenhum cidadão de deixar Kiev, uma vez que um caminho ao norte estaria aberto.
Após o discurso, o representante da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, pediu a palavra e afirmou que a "única verdade dita pela Rússia é que não ela está se movendo como planejado" no ataque. "E isso é devido à resistência da Ucrânia, e não por sua inteligência planejada".