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Retirada de civis de Mariupol volta a falhar na Ucrânia
Cerca de 290 mil pessoas teriam deixado a cidade no sul do país desde o início da guerra, mas outras 170 mil ainda estão presas ali
Sitiada, sem acesso à ajuda humanitária e principal exemplo dos impactos da guerra, a cidade portuária de Mariupol assistiu nesta sexta (1º) a mais uma tentativa de retirada de civis ser frustrada. A equipe da Cruz Vermelha que se dirigia para o local, com o objetivo de possibilitar a passagem segura das pessoas, teve de recuar.
Em nota, a organização humanitária explicou que a equipe, composta por três veículos e nove pessoas, voltou para a cidade de Zaporíjia porque "condições impossibilitaram" a continuidade da missão. E declarou: "Para o sucesso da operação, é fundamental que as partes respeitem os acordos e forneçam garantias de segurança".
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na quinta (31) que abriria um corredor humanitário na cidade localizada no sul da Ucrânia. Moscou alegou estar atendendo a pedidos do presidente da França, Emmanuel Macron, e do premiê da Alemanha, Olaf Scholz. A Cruz Vermelha também pleiteava que a operação fosse realizada.
Ao longo desta sexta, porém, os indícios de que a retirada dos civis seria mais uma vez impossibilitada começaram a surgir. O governador da região de Donetsk, no Donbass, Pavlo Kirilenko, acusou tropas russas de impedirem que o corredor humanitário fosse operacional.