Se Putin acha que vai fazer Otan recuar, ele está muito enganado, diz Johnson

Tanto Johnson quanto o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, porém, reiteraram que não pretendem engajar em combate militar contra a Rússia

Por Agência Estado

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Estônia e o secretário-geral da OTAN na Base do Exército Tapa em 1º de março de 2022 em Tallinn, Estônia. - O primeiro-ministro britânico Boris Johnson disse em uma visita à Polônia em 1º de março, que o Ocidente manteria a pressão das sanções sobre o regime do presidente russo Vladimir Putin indefinidamente depois que ele invadiu a Ucrânia
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "está muito enganado" se acha que a invasão da Ucrânia fará com que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) recue suas fronteiras no Leste Europeu. "Putin terá mais Otan, e não menos", disse o premiê durante coletiva de imprensa com a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
Segundo Johnson, Putin "subestimou" a capacidade de resistência das forças ucranianas e a união do Ocidente na resposta à invasão. Tanto Johnson quanto Stoltenberg, porém, reiteraram que não pretendem engajar em combate militar contra a Rússia. "A Otan é uma aliança de defesa, não buscamos conflito", disse o secretário-geral.
Stoltenberg disse ser necessário continuar dando suporte econômico e em equipamento bélico á Ucrânia, ao mesmo tempo em que pressiona a economia russa com sanções. Johnson fez comentários na mesma linha. "Putin e seu regime precisam ser isolados da comunidade internacional", declarou o premiê.
Para Kallas, a invasão russa mostra que Putin passou de um "autocrata para simplesmente um agressor", enquanto a Ucrânia se tornou um "Estado inimigo" do Kremlin, e por isso a Otan deve adotar uma postura mais defensiva.