Polícia alemã confirma uma morte e três feridos em ataque em universidade

Investigadores descartaram motivações políticas ou religiosas para ação em Heidelberg

Por

Atirador teria agido sozinho e usado uma arma de cano longo
Autoridades da Alemanha anunciaram nesta segunda-feira (24) que uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas após um jovem de 18 anos abrir fogo em uma sala de aula da cidade universitária de Heidelberg, localizada no vale do rio Neckar, no sudoeste do país. Além da vítima, o autor, um estudante de Biologia, também morreu, ao se suicidar na sequência.
Depois de vários semestres com ensino remoto devido à pandemia de Covid, as aulas presenciais foram retomadas na universidade em outubro, segundo informou à agência de notícias AFP um pesquisador que trabalha no local. Controles de entrada, como a exigência do comprovante de vacinação, são realizados.
A lei alemã sobre porte de armas de fogo tornou-se mais severa após dois ataques a escolas nas cidades de Freising, na região da Bavária, e Erfurt, no leste, em 2002. No primeiro, um ex-aluno, expulso da escola de comércio, atirou em três pessoas antes de se matar. Já no segundo, um homem armado abriu fogo depois de dizer que não faria um teste de Matemática e, no total, morreram 17 pessoas, além do atirador.
Anos depois, em março de 2009, um jovem de 17 anos matou 16 pessoas na escola que estudava em Winnenden. O país conta atualmente com uma das legislações mais restritas da Europa e exige que os menores de 25 anos sejam submetidos a exames psiquiátricos antes de solicitar o porte de armas.
Em 2016, nove pessoas morreram após David Ali Sonboly, então com 17 anos, abrir fogo em um shopping em Munique. Outras 35 pessoas ficaram feridas no ataque, que terminou com o atirador se suicidando. O atentado abriu um debate sobre a necessidade de endurecer outra vez a legislação nacional sobre armas.