De acordo com levantamento, menos da metade (48%) das pessoas na região usam máscara ao sair de casa, embora estudos indiquem que o equipamento de produção pode reduzir em 53% a incidência. Se a porcentagem dos que usam máscaras subisse a 95%, mais de 160 mil mortes seriam evitadas durante o inverno, de acordo com a OMS.
O terceiro motivo é o de que um grande número de pessoas que ainda não estão vacinadas, e por isso não protegidas contra doenças graves e mortes. Ao mesmo tempo, a imunização perde, com o tempo, seu poder de evitar infecções.
Em alguns países, menos de 10% receberam vacinas
O diretor da OMS afirmou que as vacinas são vitais para evitar internações e reduzir a pressão nos sistemas de saúde. A porcentagem de cidadãos completamente imunizados, porém, ainda é baixa (53,5%, na média) e esconde grande desigualdade. Há países em que menos de 10% receberam as doses necessárias, como a Armênia, enquanto outros superam 80%, como Portugal.
"Está claro que na maioria dos países os leitos de terapia intensiva agora são ocupados principalmente por pacientes que não foram vacinados ou estão apenas parcialmente vacinados", disse nesta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Ela ressaltou que a taxa de morte por habitantes nos países com maior taxa de vacinação, como Portugal e Espanha, é muito menor que nos países da União Europeia que não avançaram na imunização. "Se olharmos para as taxas de hospitalização e mortalidade, estaremos lidando principalmente com uma pandemia de pessoas não vacinadas. É por isso que nossa principal prioridade é e continua a avançar com a vacinação", afirmou.
Kluge pediu aos europeus que se vacinem e adotem as medidas básicas de proteção para evitar lockdowns e fechamentos de escolas: "Sabemos por experiência amarga que isso tem consequências econômicas extensas e um impacto negativo generalizado na saúde mental, facilita a violência interpessoal e é prejudicial ao bem-estar e ao aprendizado das crianças".