EUA, Reino Unido e Austrália firmam acordo para Indo-Pacífico 'livre'

Se o plano se concretizar, o país da Oceania poderá começar a realizar patrulhas de rotina que poderão passar por áreas do mar do sul da China

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(L-R) Australian Defense Minister Peter Dutton, Foreign Minister Marise Payne, US Secretary of State Antony Blinken and Defense Secretary Lloyd Austin arrive to pose for a group photograph at the State Department in Washington, DC, on September 16, 2021. - The US announced a new alliance September 15 with Australia and Britain to strengthen military capabilities in the face of a rising China, with Canberra to get a nuclear submarine fleet and US cruise missiles. (Photo by Andrew Harnik / POOL / AFP)
Estados Unidos, Reino Unido e Austrália lançaram nesta quinta-feira (16) um novo acordo de cooperação, nomeado Aukus, um acrônimo com o nome dos países em inglês. Um dos principais objetivos é reforçar as capacidades navais no Pacífico diante da crescente influência da China na região, equipando a nova frota australiana com submarinos nucleares. 
Se o plano se concretizar, o país da Oceania poderá começar a realizar patrulhas de rotina que poderão passar por

China classifica razões da aliança de 'extremamente irresponsáveis'

A China se manifestou sobre o acordo horas depois, afirmando que as razões da aliança são "extremamente irresponsáveis". O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, disse que o acordo irá "prejudicar seriamente a paz e a estabilidade regionais, exacerbar uma corrida armamentista e dificultar os acordos internacionais de não proliferação nuclear", informou o Global Times, um jornal chinês controlado pelo Partido Comunista.
 
Os submarinos movidos a energia nuclear serão mais rápidos, mais difíceis de detectar e potencialmente muito mais letais do que os submarinos movidos a diesel que a Austrália planeja comprar da França - em uma negociação estimada em US$ 66 milhões (o equivalente a cerca de R$ 346,8 milhões).
 
Atualmente, apenas seis nações operam submarinos movidos a energia nuclear, e os Estados Unidos haviam compartilhado a tecnologia apenas com o Reino Unido.
 
A medida é vista como um passo importante para a Austrália, que nos últimos anos tem hesitado em recuar diretamente em relação aos principais interesses chineses. No entanto, o país tem se sentido cada vez mais ameaçado. Não por acaso, há três anos, a Austrália esteve entre as primeiras nações a proibir a Huawei, gigante chinesa das telecomunicações.