Cúpula do clima é importante teste na relação Brasil-EUA

No evento que começa nesta quinta-feira, Joe Biden espera de Jair Bolsonaro plano claro sobre preservação ambiental

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Presidente dos EUA será o comandante do evento virtual desta quinta
A Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelos Estados Unidos e comandada pelo presidente Joe Biden, terá duração de dois dias a partir desta quinta-feira (22). O evento virtual, no qual estão confirmados ao menos 40 líderes, é visto como o mais Bolsonaro enviou uma carta ao homólogo, na qual se compromete em acabar com o desmatamento ilegal até 2030 - meta que consta no Acordo de Paris. Ainda que o compromisso já existisse, o governo norte-americano considerou importante o sinal enviado pelo brasileiro. Em seu discurso, Bolsonaro terá menos de cinco minutos para tentar desfazer a imagem de um chefe de Estado descompromissado com a preservação do meio ambiente e, particularmente, da Amazônia.
Como apenas palavras não bastam, o governo Biden quer saber como o Brasil pretende atingir o fim do desmatamento ilegal até 2030. Eles esperam uma estratégia clara que mostre ações de curto prazo, preferencialmente ainda em 2021.
Uma das primeiras ações de Biden como presidente foi justamente recolocar os EUA no Acordo de Paris. Na cúpula que começa nesta quinta, o presidente tentará convencer outras nações a aumentarem os compromissos assumidos há seis anos na França. A intenção é que isso seja feito antes da COP-26, conferência climática da ONU que acontecerá em novembro, em Glasgow, na Escócia.

Políticos e artistas pedem pressão sobre Bolsonaro

Às vésperas da cúpula, Joe Biden foi bombardeado por cartas de governadores, ex-ministros, artistas brasileiros, norte-americanos e britânicos que pedem o endurecimento da posição da Casa Branca com Jair Bolsonaro na área ambiental.
Só na terça-feira (20) foram três cartas: uma de 23