Chile e Peru tentam reativar economia abalada pela pandemia de coronavírus

Medida é levada adiante mesmo com países estando na lista dos 10 mais afetados do mundo pela pandemia de Covid-19

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Ideia de ambos os governos é reativar o comercio não essencial
Apesar de terem trajetórias diferentes durante a pandemia de coronavírus, os vizinhos Chile e Peru enfrentam neste momento um desafio parecido: tentam reabrir suas economias enquanto estão na lista dos 10 países mais afetados pela Covid-19 no mundo. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), inclusive, demonstrou, recentemente, preocupação com a
Desde 11 de maio, o país já retomou atividades como mineração (responsável por 60% das exportações), comércio não essencial, pesca e parte da indústria. Na semana passada, voltaram a funcionar os voos internos, e nesta semana começaram a reabrir outros setores da indústria, além de bares e restaurantes - que precisam respeitar o limite de 40% da capacidade.
Já no Chile, o ministro da saúde, Enrique Paris, apresentou um plano de reabertura, que também começou a valer nesta semana. Dividido em duas etapas, ele prevê medidas diferentes para cada região. No caso chileno, a concentração de casos acontece na região metropolitana de Santiago, que concentra 8 milhões dos 18 milhões de habitantes do país.
Apesar de terem números parecidos de casos e de mortes nesta quinta-feira (23) - 366,5 mil casos e 13,7 mil mortes no Peru; 334,6 mil e 8,6 mil no Chile -, o enfrentamento da pandemia tem sido bastante diferente nos dois países.

Isolamento peruano esbarrou no mercado informal

O presidente peruano, Martín Vizcarra, foi um dos primeiros líderes da América Latina a implementar uma
 

Chilenos adotaram quarentena e, 55 dias depois, lockdown

Já o Chile apostou inicialmente em uma quarentena vertical, a partir de 18 de março. Com a piora nos números, porém, o primeiras etapas de desconfinamento ocorreram na região sul do país, menos atingidas. Nessa área, foi liberado o trânsito de todas as pessoas que não integram grupos de risco e permitida a retomada de parte do comércio e da indústria. Uma segunda fase, ainda sem data, permitirá o retorno de quase todas as atividades, mas com protocolos de higienização.
Além disso, o governo chileno tem enfrentado novas manifestações e há uma onda de saques a supermercados e farmácias - o sistema para distribuição de benefícios durante a pandemia não alcança todo o mercado informal, de 29,6% da população.