PF confirma que restos mortais encontrados na Amazônia são de Dom Phillips

A análise feita pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília confirmou a identidade do repórter

Por Agência Estado

Veteran foreign correspondent Dom Phillips visits Aldeia Maloca Papiú, Roraima State, Brazil, on November 16, 2019. - Phillips went missing while researching a book in the Brazilian Amazon's Javari Valley with respected indigenous expert Bruno Pereira. Pereira, an expert at Brazil's indigenous affairs agency, FUNAI, with deep knowledge of the region, has regularly received threats from loggers and miners trying to invade isolated indigenous groups' land. (Photo by Joao LAET / AFP) Caption
A Polícia Federal (PF) confirmou nesta sexta-feira (17), que os restos mortais encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, são do jornalista britânico Dom Phillips.
A análise feita pelo Instituto Nacional de Criminalística de Brasília confirmou a identidade do repórter. Os peritos fizeram exames na arcada dentária e usaram técnicas de antropologia forense, que analisa características físicas, como estrutura óssea.
"Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos", diz um trecho do comunicado divulgado pela PF.
Os restos mortais foram localizados pela equipe na última quarta-feira (15), a cerca de três quilômetros do rio Itaguaí. Os policiais levaram o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, até a região e ele apontou onde teria enterrado os corpos do jornalista e do indigenista Bruno Pereira. Os restos mortais foram então transportados para Brasília, onde estão sendo feitos os exames.
Os peritos trabalham agora na identificação de Bruno. O Estadão apurou que o trabalho deve envolver a análise de DNA.
Mandante
Mais cedo, os
A manifestação diz ainda que Bruno se tornou alvo de um grupo criminoso responsável pela invasão de terras indígenas na região. Segundo a Univaja, Pelado e dos Santos fazem parte dessa quadrilha. A nota relata ainda que outros integrantes da Univaja receberam ameaças de morte.