Brasil registra 141.808 casos de Síndrome Respiratória Grave em 2022

Rio Grande do Sul está entre as 18 unidades da federação com sinal de crescimento

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Desde 2020, a SRAG vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de Covid-19
Em alta, o número de capitais brasileiras com tendência nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) chega a 20, segundo o Boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A fundação informa que há um sinal contínuo de aumento dos casos de Covid-19 em todas as regiões do Brasil.
Desde 2020, a SRAG vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de Covid-19 no País, devido ao fato de que a doença pode ser causada pelo SARS-CoV-2. Nos momentos mais críticos da pandemia, mais de 98% das mortes por SRAG, em que havia teste positivo para algum vírus respiratório, eram causadas pela Covid-19. Conforme o último boletim, 48% desses casos de SRAG e 84% dos óbitos atribuídos a casos virais da síndrome estão associados ao SARS-CoV-2, se forem consideradas as últimas quatro semanas.
Segundo a Fiocruz, a análise das últimas seis semanas aponta tendência de aumento nos casos de SRAG em Aracaju, Belém, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
O Rio Grande do Sul está entre as 18 unidades da federação com sinal de crescimento, além do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Em crianças de até 4 anos, o boletim aponta que continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) entre as causas de SRAG. Em segundo lugar está o rinovírus, seguido pelo Sars-CoV-2 e pelo metapneumovírus.
A pesquisa mostra ainda que, no Rio Grande do Sul, há presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.
No ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG no Brasil, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Entre os positivos para vírus respiratórios desde janeiro, 81,5% foram causados pelo SARS-CoV-2, 8,1% pelo vírus sincicial respiratório e 5,1% pelo Influenza A.