Mortes por dengue sobem para 31 em crise histórica no Rio Grande do Sul

No primeiro semestre de 2022, infecções e óbitos por dengue já superam o total registrado em anos anteriores

Por Fernanda Soprana

Soltura de mosquitos Aedes Aegypti portadores da bactéria Wolbachia na comunidade Tubiacanga, Ilha do Governador, desenvolvidos em laboratório da Fiocruz pelo programa Eliminar a Dengue (Elza Fiuza/Agência Brasil)
O quadro de infestação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunha, deixa mais uma vítima no Rio Grande do Sul. O Estado totaliza 31 óbitos por dengue neste ano, segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), atualizado na tarde de quinta-feira (19). 
Em apenas cinco meses, os números registrados em 2022 são consideravelmente maiores do que os registros de anos anteriores — entre janeiro e maio, foram confirmados 26.193 casos de dengue entre as 57.788 notificações, dos quais 21.498 são autóctones (transmitidos dentro do território gaúcho). Nos 12 meses de 2021, o RS somou 10.587 infecções e 11 óbitos.
Dados do painel apontam que 89% dos municípios gaúchos estão infestados pelo mosquito transmissor — 444, no total. Na quinta-feira, Porto Alegre ultrapassou a marca de