Duas em cada três mortes de bebês poderiam ser evitadas no Brasil

Em 2019, o Brasil perdeu o selo de erradicação de sarampo, por causa da queda na cobertura vacinal, inclusive para outras doenças

Por

Natasha Gorshkov (L) caresses her newborn daughter during a party to welcome the baby, at the Mercy House, a shelter she runs with her husband for people in need and currently housing families fleeing from Russian advances in the Donbass and Mariupol areas of Ukraine, on the outskirts of Dnipro on April 15, 2022.
O Brasil registra por ano 22,9 mil mortes de bebês de até 1 ano que poderiam ser evitadas se houvesse tratamento para doenças como diarreia. O risco aumenta com a queda da cobertura vacinal. Os dados são do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) que fez uma média dos números registrados entre os anos de 2018 a 2020.
A avaliação indica que duas em cada três mortes de bebês desta faixa etária poderiam ser evitadas no país com ações como vacinação, amamentação e acesso à atenção básica de saúde. As informações são da Agência Brasil.
A pesquisadora do Observa Infância Patricia Boccolini lembrou que, em 2019, o Brasil perdeu o selo de erradicação de sarampo, por causa da queda na cobertura vacinal, inclusive para outras doenças. "A gente vem observando o aumento no número de casos, muitos deles evoluem para hospitalização", disse em entrevista à EBC.
Patricia, que é vinculada ao Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (Nippis), informou que,
O observatório reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase) da Faculdade de Medicina de Petrópolis, com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.