Curso pré-vestibular gratuito está com inscrições abertas para Cachoeirinha, Canoas e modalidade EAD

É possível se inscrever para o Farol até sexta-feira (11); confira como

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Farol Cursinho Popular, de Cachoeirinha, está com matrículas abertas para curso pré-vestibular presencial e EAD
O Farol Cursinho Popular, situado em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, está com inscrições abertas até a próxima quinta-feira (17) para o curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O curso oferta as modalidades presencial e EAD para estudantes de baixa renda e da rede pública de ensino.
São ofertadas 20 vagas para aulas no município de Cachoeirinha, outras 20 vagas em Canoas e 50 vagas para o curso EAD - para a qual alunos de todo o Brasil podem se inscrever. 
O candidato pode se inscrever para apenas uma das turmas. Para quem deseja ingressar pela modalidade de Baixa Renda - que é a modalidade prioritária - é preciso comprovar renda menor ou igual a 1,5 salários mínimos, além de estar matriculado no terceiro ano do ensino médio, ou já ter se formado, em uma escola da rede pública de ensino. Já quem irá inscrever por Escola Pública, deve obrigatoriamente estar matriculado no terceiro ano do ensino médio ou já ter se formado em uma escola da rede pública de ensino.
As inscrições podem ser realizadas através de um formulário on-line disponível nas redes sociais do Farol (Instagram: @farolcursinhopopular e Facebook: Farol - Cursinho Popular). A divulgação dos aprovados ocorre no dia 18 de março.
O início das aulas em Cachoeirinha e na modalidade EAD acontece no dia 21 de março. Já em Canoas, no dia 23 de março. As aulas são de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h no modelo EAD e das 19h às 22h30min nos modelos presenciais, tanto em Cachoeirinha, quanto em Canoas. 

Educação Popular

O Farol é formado por uma equipe de professores, coordenadores e colaboradores voluntários, que atuam nas mais diversas áreas de ensino, conforme explica o educador popular e um dos coordenadores do pré-vestibular, Gabriel Nardi. "Hoje, o Farol, através de seus voluntários, consegue ofertar todas as disciplinas que os cursos pré-vestibular privados ofertam, todas as disciplinas da escola: História, Geografia, Português, Matemática, Química, Física, Biologia; todas que tem no currículo do Ensino Médio", explica o educador.
O curso preparatória busca levar adiante os conceitos de Paulo Freire de educação popular e proporcionar aos estudantes de baixa renda, que não tenham condições de pagar um curso formal, a oportunidade de acesso a um ensino qualificado para que possam ingressar na Universidade.

Trajetória do Farol

Criado em 2019, o curso começou com uma turma em Cachoeirinha e, com a chegada da pandemia em 2020, precisou adaptar seu formato para continuar atuando. "A gente pegou o mesmo modelo que o Emancipa, de Gravataí, [outro cursinho popular] estava fazendo. Lançando materiais para os nossos alunos, tentando manter um contato pelo WhatsApp. Até que, em dado momento, mais ou menos ali em maio, junho, eu pessoalmente decidi dar uma aula via Meet para os alunos e deu super certo", explica Nardi.
A partir disso, foi feito um calendário de videochamadas que foi seguido no ano de 2021. Em 2021, o modelo foi aprimorado e um edital exclusivo para a modalidade EAD foi lançado. Neste ano, mesmo com as aulas presenciais em dois municípios, o curso EAD será mantido. "A gente segue ofertando o modelo EAD porque a gente sabe também que o Farol pode expandir seus horizontes e atender pessoas de fora da cidade", diz o educador.
Dentre os feitos e reconhecimentos do trabalho, o curso já recebeu uma moção de congratulação na Câmara de Vereadores de Cachoeirinha, promoveu sarais literários, participou da Feira do Livro do município da Região Metropolitana e realizou aulões pré-Enem, simulados e lives que tiveram grande adesão. Porém, Nardi destaca que os feitos do Farol vão além de reconhecimentos públicos e números.
"Os feitos do Farol se dão nessa troca de experiência entre professores e alunos; nessa forma como um tipo de projeto como o Farol consegue tocar as pessoas de fato e consegue, muitas vezes, promover a esperança. Eu lembro sempre de uma aluna que nós tínhamos, a Raquel, que ela tinha deficiência auditiva, e ela botava uma confiança muito grande no trabalho que nós desenvolvíamos ali naquela turma."
"Essas pessoas, esse tipo de troca de relação entre professores e alunos do Farol, e o próprio coletivo em si, faz com que se passe de fato uma mensagem positiva sobre isso tudo, e uma forma de que as coisas são possíveis e a conquista dos espaços é uma coisa muito necessária", finaliza o educador.