Novo prédio da Ufrgs terá laboratório de ponta e estudo de novas vacinas

Universidade foi contemplada em edital da Fapergs

Por Osni Machado

Obra do Instituto de Ciências Básicas da Saúde, na esquina da Ipiranga com Ramiro, custou R$ 55 milhões
A diretora do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Ilma Simoni Brum da Silva, revela que um dos destaques do novo prédio no Campus Saúde,
Ela também informa que o ICBS planeja adequar uma de suas áreas para a produção de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o que irá auxiliar no desenvolvimento de vacinas. “A gente poderia auxiliar a Fiocruz com insumos para que eles possam desenvolver mais vacinas”, explica.
A acadêmica acrescenta que um dos grandes diferenciais da nova sede será a melhoria significativa para o desenvolvimento da pesquisa científica, a partir de novos laboratórios. Ilma da Silva cita que serão mais de 30 laboratórios em funcionamento. “Há também uma mudança no modelo de gestão, com a implantação do sistema chamado de multiusuários. Todos os pesquisadores do ICBS poderão utilizá-los, deste modo, haverá um aproveitamento racional, reduzindo os custos de manutenção e também de aquisição de novos equipamentos.”
A diretora explica que o instituto realiza pesquisas em diversas áreas e conta, por exemplo, com um sequenciador de DNA com um robô, e que o modelo multiusuários também permitirá o seu melhor aproveitamento. “Teremos no local um laboratório de análise de imagem por microscopia de fluorescência; outro voltado ao modelo de cultura de células e nós podemos, por exemplo, testar o efeito de diferentes tipos de medicamentos”, informa. A dirigente do Instituto da Ufrgs conta que também haverá uma central analítica de espectrometria de massas, que permitirá quantificar as proteínas em pequenas quantidades, isto facilitará o diagnóstico e o tratamento de doenças.
Ilma faz questão de destacar a importância da pesquisa do ICBS em diversas áreas. “Além da saúde, o instituto também se volta para a área de agrárias. Um de nossos programas da pós-graduação é o de Microbiologia Agrícola e do Ambiente”, exemplifica. Neste segmento, os pesquisadores podem realizar estudos de bactérias fixadoras de nitrogênio no solo; bem como no melhoramento de plantas e na pesquisa de patógenos que afetam as plantas.