Vacinas aplicadas em outros países não autorizadas pela Anvisa não valem no Brasil

Acesso ao passaporte vacinal só será permitido a quem recebeu as doses indicadas dos imunizantes Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac

Por Cristine Pires

Carteira de vacinação também será considerada válida para acesso a atividades controladas
Pessoas que se vacinaram em outros países e receberam doses de imunizantes que não fazem parte da lista aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação no Brasil - Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronoVac – não terão acesso ao passaporte vacinal. O

Onde será exigido o Passaporte Vacinal

O regramento atinge basicamente cinco atividades econômicas:
  • Parques temáticos (e de aventura, diversão, aquáticos, jardins botânicos, zoológicos) e outros atrativos turísticos similares
  • Teatros, auditórios, circos, casas de espetáculo e de shows
  • Feiras e exposições corporativas, convenções, congressos e similares
  • Eventos infantis, sociais e de entretenimento em buffets, casas de festas, casas de shows, casas noturnas, restaurantes, bares e similares
  • Competições esportivas que ocorrerem em academias, clubes, centros de treinamento, piscinas, quadras e similares

Entenda as diferenças entre as vacinas aplicadas no Brasil

CoronaVac
A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos da CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou seja, pessoas com alta exposição ao vírus.
AstraZeneca
Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2.
Pfizer
O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune.
Janssen
Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose, mas ainda não está disponível no Brasil. Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.
FONTE: INSTITUTO BUTANTAN