Com doações em queda, hemocentros têm escassez de sangue para abastecer hospitais no RS

Baixa captação de sangue nos últimos meses, agravada pela pandemia, impacta nos estoques e atendimento

Por Fernanda Crancio

Desde 2017, a plataforma atende todo o Rio Grande do Sul e tem hoje cerca de 12 mil cadastrados
Nesta segunda-feira (14), data em que celebra-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, os oito hemocentros regionais do Estado penam para equilibrar, gota a gota, seus estoques, prejudicados pela queda de doadores voluntários desde o início da pandemia.
Para alertar os gaúchos da importância do gesto, foi instituída a campanha Junho Vermelho, como forma de incentivo à doação segura, única forma de manter o abastecimento aos hospitais e garantir o atendimento a centenas de pacientes.
Pessoas que já tiveram Covid-19 devem guardar pelo menos 30 dias depois da completa recuperação para fazerem a doação. Já quem apresente sintomas gripais deve aguardar sete dias para a doação.

O que é preciso para ser doador:

  • Estar em boas condições de saúde.
  • Apresentar documento oficial de identidade com foto.
  • Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados pelos pais ou responsável legal).
  • Pesar no mínimo 50 kg com desconto de vestimentas.
  • Ter limite de idade de 60 anos para a primeira doação.
  • Não estar em jejum e evitar alimentação gordurosa.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas antes da doação.
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação.
  • Não fumar pelo menos duas horas antes da doação.

Impedimentos temporários para doação:

  • Estar com gripe ou febre.
  • Ser gestante ou mãe que amamenta bebê com menos de 12 meses.
  • Ter passado por aborto até 90 dias ou parto normal e até 180 dias após cesariana.
  • Ter feito tatuagem ou acupuntura nos últimos 12 meses.
  • Ter sido exposto à situação de risco para HIV.
  • Ter herpes labial.
Pessoas infectadas pela Covid-19 devem guardar pelo menos 30 dias depois da completa recuperação.

Com estoques no vemelho, hospitais reforçam pedidos de doações à comunidade

Em Porto Alegre, um dos principais receptores das bolsas de sangue processadas no Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemorgs) é o Hospital de Pronto Socorro (HPS), que também registra baixo estoque de sangue em função da queda de doações. Na semana passada, a

Campanha iluminará prédios da Capital para alertar sobre importância da doação

Como forma de incentivar a doação de sangue entre os gaúchos, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) lança nesta semana uma campanha para reforçar o Junho Vermelho, mês destinado à doação e em reconhecimento aos voluntários. Sob o slogan "A doação de sangue salva vidas. Mesmo com a pandemia, doe sangue. Seja um doador!", a mobilização irá iluminar de vermelho, a partir desta segunda-feira (14), prédios públicos e de instituições parceiras.
Receberão as luzes vermelhas os prédios da Assembleia Legislativa, o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), o Estádio Beira Rio, Loja Lebes, Palácio Piratini, Câmara de Vereadores e Tribunal de Justiça. “O principal objetivo é chamar a atenção da população para a importância da doação e aumentar os estoques de sangue, reduzidos desde início do distanciamento social e da pandemia da Covid-19”, afirma a coordenadora do Hemorgs, Gesiane Almansa.
 Segundo ela, a campanha serve também para reforçar a necessidade da doação na época de baixas temperaturas no Estado. “Com o coronavírus, os estoques de todos os tipos sanguíneos, principalmente O- e O+, estão em baixa, e como não há substituto para o sangue, a população precisa colaborar de forma segura, se dirigindo ao Hemocentro para doação”.
Os doadores são recebidos por ordem de chegada dentro da capacidade de atendimento. Também está disponibilizado o agendamento prévio de horários pelo telefone (51) 3336-6755 ou pelo Whatsapp (51) 98405-4260. O Hemorgs está localizado na avenida Bento Gonçalves, 3.722, no bairro Partnon,em Porto Alegre.