ONU também defende a necessidade de pensar os aspectos econômicos e sociais pós pandemia desses países
Munir Akram sublinhou que a preocupação com países em desenvolvimento deve se estender também aos aspectos econômico e social. Estas foram as nações que mais sofreram com a pandemia e tiveram piores índices de perdas de emprego e queda de renda. Além disso, pequenos negócios vêm lutando para se manter abertos.
Ele elencou medidas necessárias para socorrer e promover a recuperação sustentável destes países, lembrando da preocupação que as Nações Unidas têm demonstrado com a chaga da desigualdade em âmbito mundial. "As consequências da pandemia são econômicas e sociais. Lidar com elas envolve ter uma resposta estruturada e de emergência. A emergência diz respeito a financiar a viabilização dos países pobres terem o espaço fiscal de se recuperar dos impactos da crise. Precisamos gerar liquidez adicional para os países em desenvolvimento", sustentou.
Entre as respostas estaria ampliar os programas de ajuda humanitária, que até agora receberam recursos insuficientes na avaliação do presidente do Conselho. Seria necessária também uma alteração estrutural na arquitetura financeira de modo a lidar com a pressão causada pelas dívidas dos países em desenvolvimento.
Akram acrescentou como respostas adequadas o estabelecimento de um sistema global de taxação justo, para evitar que empresas mudem de lugar para evitar a tributação, parcerias público-privadas para investimento em infraestrutura e políticas públicas que promovam a digitalização das economias em desenvolvimento, hoje muito inferior daquelas de países mais ricos.