Retorno presencial somente em 2021 é descartado por escolas públicas e privadas do RS

Desde a suspensão das aulas presenciais em março, alunos das redes pública e privada vivem realidades distintas em relação à efetividade da aprendizagem remota

Por Yasmim Girardi

Retomada das aulas presenciais se deu a partir do dia 5 de outubro
O modelo de ensino remoto estabelecido às pressas para garantir a continuidade das aulas durante a pandemia do novo coronavírus tem gerado incertezas quanto à qualidade e à efetividade da aprendizagem. As escolas públicas trabalham com dois cenários: perda significativa de conteúdo neste ano letivo, mesmo que as aulas retornem, e volta somente em 2021 - ainda que esse panorama não esteja nos planos da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul (Seduc). Já para as escolas particulares, a volta neste ano letivo é trabalhada como uma certeza.
O calendário proposto pelo governo do Estado na terça-feira (11) prevê retomada das atividades presenciais para 31 de agosto, de forma escalonada. Porém, as públicas já trabalham com a possibilidade de haver uma perda significativa dos conteúdos. Estender o período de aulas, disponibilizar reforço ou aumentar a carga horária são algumas das ideias para recuperar o que foi perdido. As aulas foram paralisadas em março no Rio Grande do Sul.
saúde vem em primeiro lugar. “Vai haver um apagão educacional no Brasil durante esse ano. Mas a vida está muito diferente, estamos no meio de uma pandemia. Falar em conteúdo é como se estivesse tudo normal. Quando as aulas retornarem, pensaremos sobre o que será validado e o que será feito, por enquanto temos que sobreviver.”

Nas escolas particulares gaúchas, Sinepe crê que até 90% do conteúdo será entregue por meio do ensino remoto