Mais de cem mil gaúchos já foram infectados pelo novo coronavírus, aponta Ufpel

Maior prevalência da doença nesta etapa foi constatada na Capital, onde 18 testes tiveram resultados positivos

Por Gabriela Porto Alegre

Pesquisadores percorreram bairros em noves cidades gaúchas, de 25 a 27 de julho, para aplicar 4,5 mil testes rápidos - ePICOVID - testes de novo coronavírus - Rio Grande do Sul
O governo do Estado apresentou, nesta quarta-feira (29), a conclusão da sexta fase da pesquisa sobre a prevalência da Covid-19 no Rio Grande do Sul. De acordo com o estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), em parceria com outras 12 universidades gaúchas, o Estado possui, atualmente, 108.716 pessoas com anticorpos para o novo coronavírus.
Desde março, a pesquisa identificou que dos casos positivos, 51,2% apresentaram tosse, 44,2% alterações no paladar ou olfato, 37,2% diarreia, 34,9% dor de garganta, 30,2% febre e 9,3% dificuldade para respirar. A taxa de letalidade, baseada nos casos notificados pelo Estado, ficou em 2,6%, enquanto baseada no número total de casos – 108.716 - girou em torno de 1,4%.
Quanto ao distanciamento social, 33,3% dos entrevistados desta etapa disseram estar saindo diariamente, 54,1% apenas para atividades essenciais e 12,6% afirmaram ficar sempre em casa. Em um contexto geral, as taxas de isolamento não mudaram muito das fases anteriores para essa (veja a tabela).
Durante a apresentação dos dados, Barros reforçou a importância da pesquisa. “Ela nos permite ter uma visão dinâmica de como a pandemia evolui e é a única pesquisa no mundo com seis etapas feitas em um local”, destacou.
O professor emérito da Ufpel recomendou ainda a ampliação da testagem, uma vez que a prevalência da doença dobrou no Rio Grande do Sul, além de pedir uma atenção especial aos municípios de Porto Alegre, Região Metropolitana e Passo Fundo.

Inquérito Distanciamento Controlado:

  • FASE 1 (11 a 13 de abril): 20,6% saíam diariamente, 58,3% apenas para atividades essenciais e 21,1% sempre em casa;
  • FASE 2 (25 a 27 de abril): 28,3% saíam diariamente, 53,4% apenas para atividades essenciais e 18,3% sempre em casa;
  • FASE 3 (9 a 11 de maio): 30,4% saíam diariamente, 56,1% apenas para atividades essenciais e 16,5% sempre em casa;
  • FASE 4 (23 a 25 de maio): 31,5% saíam diariamente, 54% apenas para atividades essenciais e 14,5% sempre em casa;
  • FASE 5 (26 a 28 de junho): 32,7% saíam diariamente, 54,6% apenas para atividades essenciais e 12,7% sempre em casa;
  • FASE 6 (24 a 26 de julho): 33,3% saíam diariamente, 54,1% apenas para atividades essenciais e 12,6% sempre em casa;