Manifestantes vão às ruas de todo o Brasil em defesa da educação

Entidades sindicais e movimentos estudantis também criticaram a reforma da Previdência

Por Gabriela Porto Alegre

Porto Alegre foi uma das 48 cidades que aderiram às manifestações
Convocados por entidades sindicais e movimentos estudantis, professores, técnico-administrativos e estudantes participaram ontem de atos do Dia Nacional em Defesa da Educação contra o contingenciamento de recursos, em defesa da autonomia das universidades públicas e contra a reforma da Previdência. Ao todo, 48 cidades (entre elas, diversas capitais) de 18 estados e do Distrito Federal aderiram às manifestações.
Em Porto Alegre, servidores públicos e estudantes ocuparam a frente do Palácio Piratini para uma aula pública em defesa da educação promovida pelo Cpers/Sindicato. Membros de escolas estaduais, assim como universidades e institutos federais, reivindicaram melhorias na educação e nas condições de trabalho.
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Escolas estaduais aderiram parcialmente à paralisação

Em Porto Alegre, conforme levantamento feito pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), cerca de 40 escolas aderiram ao ato. Das 274 escolas estaduais da Capital gaúcha, somente 93 responderam ao levantamento da pasta. Dessas, 14 aderiram totalmente à paralisação e outras 25 parcialmente. No Interior do Estado, a adesão foi ainda menor, com poucos colégios fechados.
Em contrapartida, o Cpers/Sindicato informou que mais de 59 escolas estaduais da Capital paralisaram totalmente ou parcialmente. O número representa uma adesão 40% às manifestações.
Pela manhã, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs-Sindical) realizou um painel sobre "O futuro das universidades e institutos federais no Brasil", no salão nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Durante o evento, entidades representativas discutiram sobre os impactos do programa Future-se.