Isadora Jacoby

A Rocco Trattoria Vegana começou a operar em maio

Restaurante vegano que aposta em massas frescas abre no Bom Fim

Isadora Jacoby

A Rocco Trattoria Vegana começou a operar em maio

A Rocco Trattoria Vegana, espaço italiano que abriu as portas no início do mês no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, é resultado do amadurecimento no empreendedorismo do casal Camila Langbeck, 28 anos, e Carlos Augusto Pakulski, 38. A dupla, que administrava uma outra operação no segmento no Quarto Distrito, percebeu que a culinária italiana era pouco explorada por negócios que não usam insumos de origem animal. Com massas frescas produzidas no local, a Rocco tem itens tradicionais em seu menu, como massa carbonara e cannoli de pistache. 
A Rocco Trattoria Vegana, espaço italiano que abriu as portas no início do mês no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, é resultado do amadurecimento no empreendedorismo do casal Camila Langbeck, 28 anos, e Carlos Augusto Pakulski, 38. A dupla, que administrava uma outra operação no segmento no Quarto Distrito, percebeu que a culinária italiana era pouco explorada por negócios que não usam insumos de origem animal. Com massas frescas produzidas no local, a Rocco tem itens tradicionais em seu menu, como massa carbonara e cannoli de pistache. 
O Portal dos Sabores, primeiro negócio do casal, agora fechado, operava como buffet vegano e vegetariano. Com a pandemia, os dois optaram por adotar o sistema a la carte. Foi a partir dessa mudança que perceberam uma brecha no mercado. "Um insight que tivemos era que as massas estavam vendendo muito. De todo o menu, era algo que vendia bastante. A Rocco foi um amadurecimento natural do Portal dos Sabores, fomos aprendendo, tipo um segundo filho. Já sabíamos o que fazer, que caminhos não tomar, e sempre gostamos muito de massas", conta Camila, que percebia que a culinária italiana era foco de poucos negócios veganos da cidade. "A maioria das cozinha veganas vai muito para o lado oriental ou para os lanches. Enxergamos essa possibilidade e nos questionamos bastante, no início, se era uma boa ideia, do porquê de não existir uma proposta assim. Pensamos que ou daria muito certo ou muito errado. Abrimos há duas semanas e está dando muito certo, o movimento está gigante, superou nossas expectativas", comemora a empreendedora. 
Tocando o segundo negócio juntos, Camila afirma que é desafiador unir relacionamento e empreendedorismo, mas compartilhar um propósito une ainda mais os sócios. "Às vezes, a gente quer se matar, mas, na maioria do tempo, só agradecemos por termos a possibilidade de passar o dia juntos. Ainda mais trabalhando em algo que acreditamos demais e gostamos. O melhor de ser casada com meu sócio é saber que podemos confiar 100% um no outro", garante a empreendedora. 
LUIZA PRADO/JC
O espaço, que fica na rua Irmão José Otão, n° 588, no Bom Fim Minishopping, opera todos os dias das 12h às 15h e das 18h às 22h. Na fachada, é possível ver a definição do espaço: italiano, vegano, obsceno. Segundo Camila, isso resume a proposta do negócio, que pretende servir pratos muito saborosos. "O vegano abraça todos. E a nossa proposta é ter fornecedores de muita qualidade, somos muito críticos com o sabor. Nossa proposta é oferecer uma comida extremamente gostosa. É tão gostoso que acaba sendo só um detalhe que nós usamos produtos sem origem animal", acredita Camila. 
A escolha por mudar de bairro com o novo negócio foi por perceber a demanda do Bom Fim por restaurantes do segmento. "Têm muitos restaurantes veganos que eu gosto que estão aqui. Achamos o ponto muito bom", conta Camila. Além da boa receptividade por parte dos clientes, a dupla afirma que os outros empreendedores e empreendedoras da região também acolheram o negócio. "Fomos muito bem recebidos tanto pelos moradores quanto por quem, num plano de negócios, chamamos de concorrentes, mas que, na verdade, são pessoas muito queridas. Não conseguimos ir adiante sozinhos. Tem que unir mãos e ir todo mundo junto. Os restaurantes veganos e vegetarianos nos acolheram, nos deram boas-vindas. Aqui no minishopping, foi muito legal, o Pão do Jão tem nos apoiado muito. Tem esse senso de coletividade", conta Carlos sobre a nova vizinhança. Apesar do interesse dos novos clientes, Camila comemora o interesse dos antigos frequentadores do Portal dos Sabores, que já descobriram o novo endereço da dupla. "Nossos clientes são muito fiéis, muito queridos. Muita gente, tanto nas redes sociais, quanto aqui, nos falam que conheciam desde a época do Portal. Ficamos muito felizes porque eles têm vindo e ficam felizes que ainda tem o ravioli", conta Camila sobre o prato que era sucesso na primeira operação.
LUIZA PRADO/JC
Outra transição importante na mudança, contam os empreendedores, foi a redução do espaço, hoje um terço menor que o do Quarto Distrito. "Lá no São Geraldo nós tínhamos quase 200 m², e aqui conseguimos otimizar a cozinha pré-estabelecendo o sistema. Fizemos a cozinha de acordo com as nossas demandas, com o cardápio definido. E aí foi muito melhor estar num espaço pequeno", diz Carlos. Operando há pouco mais de duas semanas, o casal revela que o destaque do cardápio tem sido a massa carbonara e os cannolis, recheados de pistache ou chocolate. Além dos veganos, os empreendedores percebem que os pratos fazem sucesso com o público que come carne. "Acredito que a gastronomia italiana é uma porta de entrada um pouco mais amigável para quem nunca comeu um prato vegano", pondera Camila. 
LUIZA PRADO/JC
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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