Isadora Jacoby

A Morada Café é inspirada nos elementos da casa construída pela dupla em Capão Novo

Com conceito sustentável trazido do Litoral, casal abre cafeteria na Cidade Baixa

Isadora Jacoby

A Morada Café é inspirada nos elementos da casa construída pela dupla em Capão Novo

O número 38 da rua da República, na Cidade Baixa, conta agora com novos residentes. O endereço, ocupado por muitos anos pelo Café República, tornou-se lar do A Morada Café (@amorada.cafe), cafeteria comandada por Elin de Godois, 32 anos, e Daniel Souza, 34. O negócio é inspirado em outro projeto da dupla: uma casa sustentável e de baixo impacto financeiro construída em Capão Novo que leva o mesmo nome - A Morada.
O número 38 da rua da República, na Cidade Baixa, conta agora com novos residentes. O endereço, ocupado por muitos anos pelo Café República, tornou-se lar do A Morada Café (@amorada.cafe), cafeteria comandada por Elin de Godois, 32 anos, e Daniel Souza, 34. O negócio é inspirado em outro projeto da dupla: uma casa sustentável e de baixo impacto financeiro construída em Capão Novo que leva o mesmo nome - A Morada.
Elin conta que a ideia de construir um espaço próprio veio com a chegada dos 30 anos. Foi assim que a ilustradora começou a jornada da Morada na praia, com um container em um terreno afastado do centro do balneário. A trajetória foi compartilhada por meio das redes sociais (@amorada.lar), assim como os projetos desenvolvidos na região. "A Morada é uma casa que comecei a construir na praia de baixo impacto financeiro e sustentável. Nesse tempo da construção e dos perrengues, acabei conhecendo o Daniel. Ele é geógrafo, de Santa Maria, e estava lá fazendo a topografia desses terrenos novos que estão aparecendo lá", lembra Elin, sobre o início do projeto. "Fui construir uma casa sem ter experiência nenhuma, assim como estamos abrindo o café sem ter experiência nenhuma", afirma.
LUIZA PRADO/JC
O desejo da dupla, inicialmente, era abrir o café no Litoral. No entanto, a amizade com os proprietários do Café República alterou a rota. "Eles ofereceram o espaço para termos essa primeira experiência", relata Elin sobre como o negócio chegou ao ponto da rua da República. "Dessa amizade, confiança, de ter pessoas com uma baita experiência e estrutura e elas serem legais a tal ponto de dizerem que começaram aqui e que nós podemos começar também. Eles estão nos assessorando na parte dos cafés, a estrutura estava aqui praticamente pronta", conta a ilustradora. Daniel pontua que contar com a mentoria de pessoas tão experientes no mercado foi um atalho. "Com esse apoio, não começamos do zero, temos um embasamento que eles nos passam. Tem muitas coisas que não precisamos descobrir do nada, já recebemos pronto. Isso encurta a jornada", percebe Daniel. 
A possibilidade de ocupar um espaço já estruturado foi ideal para o projeto do casal, que vê A Morada Café como um negócio itinerante e passageiro. Na parede, é possível ver um quadro onde a dupla conta os dias desde que abriu o espaço. "Nós não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui, pode ser três meses, seis meses, um ano. Eles queriam reativar esse ponto e a gente, ter essa experiência", diz Elin, que pensa em, talvez, levar o café para o Litoral depois da temporada porto-alegrense. "A ideia é que seja finito", garante Daniel. 
LUIZA PRADO/JC
Para diminuir a distância entre Capão Novo e a Cidade Baixa, o espaço é decorado com elementos que remetem à casa. "Como recebemos a proposta de abrir o café aqui e tem essa distância, tentamos trazer os elementos de lá para cá. As ilustrações da Elin representam o cachorro, o gato, os passarinhos que tem no pátio", enumera Daniel. Além da decoração, os ovos das galinhas da casa também são vendidos no espaço, que conta, ainda, com produtos ilustrados com os mascotes, como ecobags e canecas. 
Os quitutes do cardápio são produzidos por Gilmara, mãe de Daniel. Bolos de chocolate, cenoura e coco, além de quiches e tortas, como a banoffe, são alguns dos itens. "Por enquanto, estamos fazendo coisas mais simples, mas com ingredientes de qualidade. É um cardápio bem enxuto, de acordo com as nossas possibilidades de produção e atendimento", explica Elin, que fica responsável pelo atendimento, enquanto Daniel é o barista e comanda as funções administrativas. "A ideia não é ser o café mais badalado da cidade. Queremos fazer nossos cafés, vender os produtos, receber os amigos e as pessoas que estão se tornando amigos também, porque é um vínculo com o bairro ter essa experiência", sintetiza Elin. 
Assumindo a inexperiência no ramo, a dupla usa botons com a frase 'seja legal', que também está estampada nos envolopes dos talheres e em outros objetos de decoração do espaço. "A nossa palavra de ordem é seja legal. Tem várias versões desse pedido. Como nós dois não temos experiência nenhuma com café, e estamos aprendendo muita coisa na rotina, no dia a dia, deixamos esse recadinho para a galera ter paciência e ser legal", explica a empreendedora. 
 
 
 
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Elin conta que, apesar de ter sido responsável pela criação de inúmeras marcas e ter ilustrado diversas lojas e cafés em Porto Alegre, ficou em dúvida na hora de colocar a sua arte no próprio negócio. No entanto, com o apoio de Daniel e dos amigos, as ilustrações tomaram conta da fachada e da parte interna da cafeteria. "É uma super liberdade, porque ainda sigo trabalhando com ilustrações e projetos para outros clientes, e fazer o meu é diferente. Está sendo bem massa colocar a minha arte nos produtos, na fachada, e ver que as pessoas já tinham esse vínculo, já reconhecem as coisas. É reforçar uma história que já venho contando há muito tempo", diz Elin. 
LUIZA PRADO/JC
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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