Isadora Jacoby

Ao longo do evento, 50 startups finalistas apresentaram seu pitch

Competição de startups movimenta South Summit

Isadora Jacoby

Ao longo do evento, 50 startups finalistas apresentaram seu pitch

Uma pessoa no palco, uma banca de jurados em frente e uma arquibancada lotada formando uma espécie de arena. Assim acontece a competição de startups, uma das atrações que movimenta e atrai o público durante o South Summit em Porto Alegre. Ao longo desses três dias de evento, 50 startups finalistas apresentam suas iniciativas em busca de aporte de investidores. 
Uma pessoa no palco, uma banca de jurados em frente e uma arquibancada lotada formando uma espécie de arena. Assim acontece a competição de startups, uma das atrações que movimenta e atrai o público durante o South Summit em Porto Alegre. Ao longo desses três dias de evento, 50 startups finalistas apresentam suas iniciativas em busca de aporte de investidores. 
As startups são, por definição, empresas jovens, criadas com pouco investimento, mas com ideias inovadoras que solucionam problemas e dores dos mais diversos setores. No processo de maturação desses negócios, encontrar investidores e empresas mais maduras que apostem no projeto é uma etapa fundamental. Para isso, rodadas de apresentação de negócios com potencial, como aconteceu no South Summit, fazem parte do universo 'startupeiro'. Entre os termos mais usados nesse contexto, está o pitch, uma apresentação rápida, que dura de três a cinco minutos, que tem como objetivo apresentar a startup e despertar o interesse de possíveis investidores do negócio.
A edição brasileira do South Summit recebeu a inscrição de mais de 1 mil startups, sendo 45% brasileiras e os outros 55% de países como Estados Unidos, Espanha, Índia, Nigéria, Turquia, Reino Unido, Argentina e Colômbia. Dessas, 40 startups, incluindo 17 gaúchas, sendo 10 porto-alegrenses, foram selecionadas para apresentar o pitch para uma banca com mais de 50 avaliadores. A competição foi dividida em cinco momentos: Indústria 5.0, Soluções Digitais, Fintech e E-commerce, ClimateTech e Futuro do Trabalho.
Na manhã desta quinta-feira (5), o palco The Next Big Thing recebeu startups voltadas à Indústria 5.0. Os representantes das startups apresentaram, em inglês, um pitch que durou cerca de três minutos e, depois, recebiam perguntas dos jurados que abordavam temas como concorrência de mercado, fonte de monetização dos negócios e composição do time das startups. 
Entre as pessoas que subiram ao palco estava Isabella Borghetti, CEO da BoomaTech, startup alocada em São Marcos, na serra gaúcha, que fabrica e desenvolve aplicações para o grafeno, material de nanotecnologia. Isabella conta que sintetizar um trabalho complexo em uma apresentação tão breve como o pitch não é uma tarefa simples. "O principal desafio é conseguir mostrar tudo que trabalhamos e desenvolvemos em tão pouco tempo, além de administrar o nervosismo, a língua, porque nunca tínhamos feito pitch em inglês. O porte do evento deixa tudo mais criterioso e aumenta a ansiedade", garante a CEO, que foi a única mulher a subir no palco nesta rodada. "É um mercado que cada vez mais está abrindo espaço para mulheres. Nossa startup tem outra engenheira, que é quem comanda o processo todo. É um orgulho imenso", destaca. Isabella conta que o intuito da BoomaTech no evento é criar conexões e diminuir a distância de São Marcos para o mundo. "Nosso principal objetivo no South Summit é buscar parcerias e clientes. Viemos criar conexões", afirma. 
Uma das juradas da competição foi a economista Juliana Nascimento, que afirma que o objetivo das startups na rodada de pitches é ganhar ainda mais visibilidade. "As startups que estiveram hoje aqui são de alto nível e concentraram muito na parte de sustentabilidade no agro, tecnologias no campo", pontua a avaliadora, que destaca alguns critérios que são analisados durante a apresentação. "Analisamos a visibilidade, a sustentabilidade, inovação, o time que é composto e o nível de investimento", enumera. Em cada tópico, os jurados avaliam de um a cinco o desempenho do negócio. Uma das percepções de Juliana foi a presença pouco expressiva de mulheres nos times. "Nós mulheres precisamos dessa visibilidade. Analisei que, dentro dos times que foram apresentados, há poucas mulheres atuando junto. Acredito que tem que ter mais mulheres apresentando pitches", afirma a economista. 
ISADORA JACOBY/ESPECIAL/JC
Outro projeto que passou pelo palco foi a Arpac, startup que desenvolve drones para uso no agronegócio. A apresentação foi feita pelo CEO, Eduardo Goerl, que contou a sua experiência anterior como piloto para mostrar a importância do projeto. Ao pilotar um avião agrícola, Eduardo sofreu um acidente e foi desse momento difícil que surgiu o insight do projeto. "A história pessoal é muito importante para o que a startup faz hoje. Muitas vezes, avaliamos as empresas pela parte financeira, mas achei importante dizer que também temos uma causa emocional. Muitos pilotos se acidentam fazendo as áreas mais difíceis. Então, além de resolver questões racionais e financeiras, trabalhamos com a parte emocional que poupa a vida das pessoas", destaca o CEO, que relata as dificuldades de sintetizar anos de trajetória em poucos minutos. "Temos uma empresa de anos, estamos há bastante tempo tentando encontrar uma vertical de trabalho, um diferencial de mercado, e sintetizar isso em três minutos é um desafio enorme. Para a competição, temos os critérios que os juízes vão analisar e foquei nisso: na capacidade de escalar, a viabilidade econômica, sustentabilidade e inovação",  conta. 
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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