Mauro Belo Schneider

Dono viu seu negócio ameaçado pela aproximação de outra marca e reagiu

A história do bauru do Menino Deus que expandiu motivado pela concorrência

Mauro Belo Schneider

Dono viu seu negócio ameaçado pela aproximação de outra marca e reagiu

Luis Holdefer, 56 anos, empreende no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, há perder de vista. Seu primeiro negócio foi o Frango no Cesto, mas em 1995 comprou o Bauru Country, que opera com duas unidades na avenida Getúlio Vargas e uma na rua Pedro Ivo, no Mont'Serrat. A expansão em direção à região Norte da cidade se deu graças à concorrência do "primo rico".
Luis Holdefer, 56 anos, empreende no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, há perder de vista. Seu primeiro negócio foi o Frango no Cesto, mas em 1995 comprou o Bauru Country, que opera com duas unidades na avenida Getúlio Vargas e uma na rua Pedro Ivo, no Mont'Serrat. A expansão em direção à região Norte da cidade se deu graças à concorrência do "primo rico".
É assim que Luis chama o Trianon Bauru, que funciona na capital gaúcha desde 1962. Ao entender melhor sobre o negócio que iria adquirir, estudou o cenário da época. O Bauru Country, que era administrado por três sócios, vendia uma média de 20 lanches por dia, enquanto o Trianon somava 1 mil unidades.
LUIZA PRADO/JC
Após comprar a marca, o empreendedor, então, passou a inovar no Country. Lançou o bauru baby, para crianças, além de incluir as opções frango, lombo e cordeiro. "Consegui bater de frente", lembra ele, que mora no Petrópolis.
Não demorou para que o Trianon, que funciona até hoje na avenida Protásio Alves, abrisse uma unidade no Menino Deus, na mesma via do Country. A resposta de Luis foi fazer o mesmo: apostou próximo à matriz do concorrente. Por isso, em 1999 inaugurou a operação no Mont'Serrat, comandada por sua esposa, Andrea.
Depois de algum tempo, o Trianon acabou fechando na Getúlio Vargas, mas essa história ficou marcada em sua vida como um momento de virada. Se não fosse a chegada da marca em sua área de atuação, talvez não tivesse investido no crescimento.
Antes da pandemia, o Country chegava ao número de produção almejado no início do empreendimento, de 1 mil lanches por dia. Agora, contabiliza cerca de 300. Segundo Luis, há muita concorrência desleal pelos aplicativos de comida e o problema social do aumento de moradores de rua prejudica os negócios. Mas ele continua apaixonado pelo bairro.
"O Menino Deus é único, todo mundo se conhece. Por haver muitas pessoas mais velhas, que vivem há anos aqui, criam-se laços de respeito", interpreta.
LUIZA PRADO/JC
Uma das palavras mais ouvidas por quem frequenta o Bauru Country é "sócio". Dessa forma o empresário chama todo mundo que consome no local. "Se o cliente gasta dinheiro aqui, ele é meu sócio. É um jeito de quebrar o gelo", justifica, revelando que já teve problemas com maridos ciumentos que não entenderam a brincadeira.
Luis, que é natural da cidade de Maratá, no interior do Estado, começou sua vida na Capital vendendo cafezinho na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). Após tanta experiência, ele percebe que seu maior aprendizado foi sobre a importância da presença do dono atrás do balcão. O Bauru Country, com as três unidades (uma delas exclusiva para delivery), emprega 17 pessoas, e vende o bauru tradicional a R$ 30,00. 
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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