Uma presença digital forte e relevante é fundamental para os negócios hoje. Mas como escolher qual rede apostar?

TikTok X Instagram:qual a melhor rede para quem empreende?


Uma presença digital forte e relevante é fundamental para os negócios hoje. Mas como escolher qual rede apostar?

Challenges, trends, reels, stories, dancinhas, engajamento. Essas palavras estão longe de estar no radar somente de quem é especialista em marketing digital. Hoje, acompanhar as transformações das redes sociais e os movimentos que surgem a partir delas é fundamental para negócios de diferentes tamanhos, estruturas e segmentos. O desafio é entender como marcas podem usar essas ferramentas como aliadas, construindo relevância com seu público. Instagram e TikTok, dia a dia, acirram a corrida na disputa pela preferência dos usuários, incrementando seus recursos e possibilidades. Mas como quem empreende pode escolher o melhor caminho? Para responder esse questionamento, ouvimos duas mulheres que estão à frente das marcas no Brasil durante a Gramado Summit, evento de inovação que aconteceu na última semana na serra gaúcha e reuniu, a cada dia, cerca de 6 mil pessoas. Kim Farrel, diretora de marketing do TikTok para América Latina e Estados Unidos, e Louise Peres, gerente de parcerias estratégicas da Meta no Brasil, indicam os principais diferencias das plataformas e compartilham dicas de como negócios podem explorar as potencialidades das redes.
Challenges, trends, reels, stories, dancinhas, engajamento. Essas palavras estão longe de estar no radar somente de quem é especialista em marketing digital. Hoje, acompanhar as transformações das redes sociais e os movimentos que surgem a partir delas é fundamental para negócios de diferentes tamanhos, estruturas e segmentos. O desafio é entender como marcas podem usar essas ferramentas como aliadas, construindo relevância com seu público. Instagram e TikTok, dia a dia, acirram a corrida na disputa pela preferência dos usuários, incrementando seus recursos e possibilidades. Mas como quem empreende pode escolher o melhor caminho? Para responder esse questionamento, ouvimos duas mulheres que estão à frente das marcas no Brasil durante a Gramado Summit, evento de inovação que aconteceu na última semana na serra gaúcha e reuniu, a cada dia, cerca de 6 mil pessoas. Kim Farrel, diretora de marketing do TikTok para América Latina e Estados Unidos, e Louise Peres, gerente de parcerias estratégicas da Meta no Brasil, indicam os principais diferencias das plataformas e compartilham dicas de como negócios podem explorar as potencialidades das redes.

O lugar com alcance orgânico

Para Kim Farrell, diretora de marketing do TikTok para América Latina e Estados Unidos, vive-se a era da participação. Depois de um estágio inicial em que a internet oferecia conteúdo de forma passiva através dos portais e da chegada das redes sociais, o momento, agora, é o da cocriação. Para a norte-americana baseada em São Paulo, hoje tudo é um remix. "No começo das redes sociais, as pessoas achavam ruim você copiar outra pessoa. Agora virou legal colaborar, cocriar, trocar e misturar. Você pode costurar, fazer dueto, pegar um som, um efeito e criar uma coisa nova, tudo dentro de um mesmo app. É tudo sobre remix", acredita. 
Kim é assertiva ao afirmar que o TikTok é a melhor rede para quem empreende, principalmente à frente de pequenos negócios. O motivo é o alto alcance orgânico e as possibilidades oferecidas pela rede social. "Não tem uma plataforma melhor para o pequeno negócio que o TikTok, por causa do alcance orgânico e pelo fato de não precisar mais nada que o próprio TikTok para fazer parte, para vender seu produto, explicar o que é sua marca. As tendências estão acontecendo lá, as ferramentas do próprio app, de filtro e edição, facilitam muito essa criação de conteúdo. E assim você consegue testar, achar novas audiências", pontua. 
A tendência dos vídeos curtos potencializada pela rede social chinesa foi exportada para outras marcas, como o reels do Instagram e o shorts no YouTube. Kim acredita que, mesmo nesse cenário, o TikTok segue tendo diferenciais interessantes para quem usa a rede como um aliado do seu negócio. "Mais que funcionalidades, é o sentimento, a comunidade, a autenticidade, a liberdade que as pessoas têm no TikTok. Você pode ter uma funcionalidade em outro lugar que é parecida, que pode parecer igual, mas não dá para você ter a mesma comunidade, esse mesmo epicentro de criatividade e troca que o TikTok tem", ressalta. 
Para quem ainda tem preconceito com a rede achando que se resume a dancinhas, Kim responde dizendo que a tendência, de forma alguma, deve ser encarada de maneira negativa, e destaca que há espaço para diversos conteúdos. "Existe dança no TikTok e não acho isso ruim. Descobrimos um lado mais leve das pessoas, que tem muita gente querendo dançar, se divertir, se expressar e se conectar. Mas hoje o TikTok é tudo. É conteúdo de esporte, de música, de finanças, de DIY, de moda", enumera.
A rede, que não para de ganhar novos adeptos no mundo todo e tem no Brasil um de seus maiores mercados, não é só para jovens, garante a diretora de marketing. Para ela, é natural que, no início de qualquer movimento tecnológico, os jovens sejam mais receptivos, mas esse já não é mais o cenário do TikTok. "Não poderia ser mais errado pensar que o TikTok é sobre os jovens e sobre a geração Z. É para todo mundo. Tem muitos criadores de conteúdo mais experientes, criando suas marcas, seus nichos, seus negócios. É uma comunidade realmente diversa, inclusiva", afirma Kim, ressaltando a capacidade da plataforma de criar um vínculo com seus usuários. "O que as pessoas mais precisam hoje é senso de pertencimento, um lugar para se inspirar, para testar novas habilidades, e acho que o TikTok deu esse espaço para as pessoas, especialmente pela democratização do alcance. Marcas que conseguem fazer isso são marcas que empoderam pessoas a terem a melhor vida que elas querem. O Google fez isso juntando todas as informações e organizando para as pessoas, a Nike faz isso empoderando todo mundo a ser o atleta que está dentro de si. Marcas que empoderam as pessoas a serem elas mesmas, suas melhores versões, são as que geram esse sentimento", acredita.

O app com diversos recursos

"Todo business tem o que aprender com os creators, porque eles conseguiram, de forma muito efetiva, criar uma maneira de se comunicar de forma muito genuína, autêntica e direta com o público. Qualquer marca tem muito a aprender com o que eles têm feito", garante Louise Peres, gerente de parcerias estratégicas do grupo Meta no Brasil, do qual o Instagram faz parte.
Durante a sua palestra na Gramado Summit, Louise apontou que uma pesquisa interna feita pelo grupo que também comanda o Facebook revelou que 63% dos homens de 18 a 34 anos confiam mais na opinião de um influenciador sobre uma marca do que naquilo que a marca fala sobre ela mesma. O dado é importante para pensar que tipo de conteúdo as pessoas gostam de consumir dentro de uma plataforma e como uma marca pode, com as devidas diferenças, aproximar-se do modelo de comunicação proposto pelos criadores. "Se antigamente você precisava ser uma empresa, uma marca com grandes budgets para ter atenção, ter a voz ouvida pela sociedade, hoje essa lógica não é mais a mesma. Você não precisa ser grande, basta ter uma voz única, eloquente. Os criadores fazem isso com a gente diariamente. Paramos para prestar atenção no que uma pessoa está dizendo, isso é mágico", pontua Louise, destacando que as ferramentas são acessíveis mesmo para quem não tem muitos recursos para isso. "Tem um paralelo entre os empreendedores que são pequenos empresários e os criadores de conteúdo. A carreira de quem cria conteúdo na internet é muito solo também. Eles começam fazendo tudo. É quem captura imagem, quem edita, quem roteiriza", compara.
Para conseguir criar mesmo estando imerso na rotina do negócio, a dica de Louise é, justamente, buscar inspiração em quem cria conteúdo e replicar o que for pertinente. "Preste atenção no que você acha de interessante nos criadores que você acompanha, veja o que eles fazem de diferente, como você pode replicar e aplicar esse raciocínio, essas narrativas na sua marca. Tudo isso não precisa de muito recurso. É um exercício de observação e de acompanhar quem está fazendo isso bem", afirma a gerente de parcerias estratégicas. "A internet é o melhor lugar do mundo para fazer a tentativa e o erro. Uma hora alguma coisa vai funcionar e você pode continuar repetindo", complementa. 
Saber explorar as diferentes superfícies, como ela define, do Instagram também é fundamental. Entender qual tipo de conteúdo é adequado para cada espaço pode ser o segredo para conquistar o tão sonhado engajamento. "O feed é o espaço de destaques, daquilo que vai ficar eternizado no seu perfil. Os stories servem para mostrar os bastidores do seu dia a dia, é um espaço de conexão. Já o vídeo do Instagram é um espaço para uma narrativa mais longa, onde a pessoa vai intencionalmente parar e assistir o que você publicou. A live proporciona outro tipo de interação com a sua audiência, é o mais próximo de te encontrar no meio da rua", exemplifica Louise, destacando o reels, dedicado aos vídeos curtos, como a maior aposta da plataforma. "O reels é lugar de entretenimento e tendências, onde você pode mostrar a sua criatividade e cativar uma audiência. Pensando na maneira como a gente consome conteúdo hoje, o reels é o lugar onde o engajamento mais cresce", afirma. 
Além de usar as ferramentas da plataforma, Louise acredita que os bons resultados de uma marca no Instagram estão ligados à veracidade que é transmitida. "O segredo de uma marca bem sucedida no Instagram ou fora dele é se entender muito bem, conhecer a sua essência, saber qual o seu propósito e por que você existe. Uma vez tendo definido isso, é uma questão de alinhar estratégias e colocar em prática."
 

Confira seis dicas de Louise para bombar os seus vídeos curtos

1. Invista em vídeos de entretenimento, educação ou inspiração. Estamos na internet para se distrair, se divertir, se inspirar e aprender. Tente ensinar e inspirar as pessoas com os conteúdos que você produz.
2. Desenvolva narrativas curtas com começo, meio e fim. O que diferencia um reels de um story é ter uma estrutura narrativa.
3. Engaje a audiência nos primeiros três segundos. Somos impactados por muito conteúdo o tempo todo. Se não for um negócio muito 'uau', você vai passar.
4. Use comportamentos e ferramentas nativas do reels. Aqui vale transições, aumentar a velocidade, músicas da biblioteca. Filtros são ótimos destravadores de conteúdo.
5. Siga os creators que você acha mais legais e tente entender o que te intriga no conteúdo deles, o que pode tirar desse exemplo e aplicar na sua marca.
6. Participe de challenges, tendências e virais.