Isadora Jacoby

A Local Greens chegou em março ao bairro Santa Cecília

Fazenda urbana de microverdes ocupa galpão em Porto Alegre

Isadora Jacoby

A Local Greens chegou em março ao bairro Santa Cecília

Apostando na previsibilidade e no rápido ciclo de cultivo dos microverdes, a arquiteta Thaís Andorffy, 28 anos, iniciou a Local Greens, fazenda urbana de pequenas folhas que, agora, ocupa um galpão no bairro Santa Cecília em Porto Alegre. Os itens são vendidos em porções de 12g e podem ser adquiridos por assinatura mensal, com entrega semanal ou quinzenal, ou por encomenda. 
Apostando na previsibilidade e no rápido ciclo de cultivo dos microverdes, a arquiteta Thaís Andorffy, 28 anos, iniciou a Local Greens, fazenda urbana de pequenas folhas que, agora, ocupa um galpão no bairro Santa Cecília em Porto Alegre. Os itens são vendidos em porções de 12g e podem ser adquiridos por assinatura mensal, com entrega semanal ou quinzenal, ou por encomenda. 
O projeto teve início em 2020, no quintal da casa dos pais de Thaís. Depois de concluir a graduação em Arquitetura, a empreendedora decidiu viajar para adquirir experiência em agricultura. "No fim da faculdade, comecei a ter horta em casa, a me envolver muito com isso, acabei fazendo um TCC sobre agricultura urbana. O assunto já me interessava muito tanto por achar que tem muito potencial de cultivo dentro da cidade, quanto pela proximidade com as pessoas, por poderem ver de perto como é", conta Thaís, que passou seis meses na Califórnia estudando o tema e colocando a mão na massa em fazendas de orgânicos. "Consegui ter uma noção muito melhor do que é esse mundo, para não romantizar: ‘ah, plantar é muito legal’. Trabalhei com coisa pesada e, quando voltei, começou a pandemia", lembra.
ISADORA JACOBY/ESPECIAL/JC
O cenário de isolamento e de incertezas em relação aos recursos, em um primeiro momento, foi o estopim para o surgimento da Local Greens. "Estava trancada na cidade. Já tinha horta em casa e a primeira coisa que eu pensei foi plantar mais e mais para, caso acontecesse algo muito ruim, ter alimento para a minha família", conta. Pela facilidade do plantio, que pode ser feito de forma vertical, os microverdes se tornaram a grande aposta de Thaís. "Eles têm crescimento muito rápido", garante. 
Rabanete, repolho, ervilha, mostarda, rúcula, beterraba e cenoura são algumas das mini hortaliças produzidas por Thaís em estantes verticais, e são vendidas em porções de 40g, por R$ 12,00, e de 100G, por R$ 22,00. "Como muita gente pedia recorrente toda semana, surgiram as assinaturas, porque aí pede uma vez só para o mês inteiro, e pode receber toda semana ou a cada 15 dias. E isso funciona bem porque é uma salada, algo que vai ser consumido todo dia. Tem um formulário e a pessoa escolhe exatamente a quantidade, os sabores. O assinante tem desconto por pedir antecipado, porque a produção é sob demanda. Eu vejo qual é a demanda e planto mais ou menos aquilo para não sobrar, porque se sobrar não tem muito o que fazer, ele passa do ponto e perde o valor total", explica Thaís sobre o processo de produção. 
Não produzir excedentes, inclusive, é um dos pontos que a empreendedora destaca como diferenciais, já que há menos desperdício de alimentos. "É um modelo muito otimizado de produção. É muito rápido, não fica exposto a temporal, seca, e tenho essa previsibilidade da demanda", pontua, destacando, ainda, a parte nutricional dos itens. "Muita gente não sabe, mas eles são muito nutritivos, porque, nessa fase, eles podem ter de 10 a 40 vezes mais nutrientes que a planta adulta. Além disso, os microverdes têm um alto valor agregado. Um potinho custa R$ 12,00, enquanto um pé de alface custa R$ 3,00 e demorou muito mais para crescer", pondera. 
Thaís conta que, ao longo do último ano, além dos assinantes, sua cartela de clientes expandiu para restaurantes da Capital. Os amantes de gastronomia, aliás, são o público que a empreendedora enxerga como alvo do negócio. "O meu nicho é de pessoas que gostam de gastronomia, porque os chefs usam muito. Além de ser bonito, decorar, é muito nutritivo e prático, porque vem no potinho e é só jogar em cima", garante Thaís, que tem como próximo objetivo vender seus produtos em mercados especializados de produtos naturais. 
As vendas são feitas pelo Instagram (@localgreenspoa) e as entregas acontecem às terças e sextas-feiras em Porto Alegre. 
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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