Mauro Belo Schneider

Os produtos reproduzem os corpos de crianças ou adultos de forma lúdica

Bonecas com características pessoais são confeccionadas em São Leopoldo

Mauro Belo Schneider

Os produtos reproduzem os corpos de crianças ou adultos de forma lúdica

Elis Regina Regert e Lalenia Cardoso iniciaram a marca de bonecas e bonecos personalizados Bonecário, em 2019, achando que seu principal público seriam as crianças. Mas se surpreenderam ao ver a demanda de presentes para adultos prevalecer. Isto porque o produto simboliza afeto, o humano, incluindo as diferenças e conectando emoções.
Elis Regina Regert e Lalenia Cardoso iniciaram a marca de bonecas e bonecos personalizados Bonecário, em 2019, achando que seu principal público seriam as crianças. Mas se surpreenderam ao ver a demanda de presentes para adultos prevalecer. Isto porque o produto simboliza afeto, o humano, incluindo as diferenças e conectando emoções.
“A pessoa fica muito lisonjeada de receber, pois não é algo comum. Ela se dá conta que o outro a olhou para fazer a montagem. Isso impacta demais”, afirma Elis, que, além do ateliê em São Leopoldo, é franqueada dos Correios na cidade.
As sócias têm uma equipe de sete costureiras, espalhadas em suas casas. O objetivo, inclusive, é escalonar a linha de montagem, dando mais oportunidades para que outras mulheres trabalhem com o Bonecário.
Há corpo magro, gordo, seis tons de cores de pele, além da possibilidade de customização, como cicatrizes, tatuagens e necessidades especiais. “A intenção é incluir todo mundo, para que todos se sintam representados”, comenta Elis.
O negócio começou quando Elis teve uma decepção no trabalho e ouviu da psicóloga que deveria fazer algo lúdico. Após entrar em um curso de bonecas, da amiga Lalenia, sugeriu a parceria. Incluir as características dos presenteados não foi uma estratégia que nasceu junto. Surgiu, na verdade, da demanda dos clientes.
“Teve alguns casos que nem imaginávamos. Reproduzimos bonecas que foram presentes para familiares de pessoas que morreram de Covid. Um grupo de meninas se juntou para dar para um amigo o boneco do pai, que era presidente de um clube de futebol. Reproduzimos a camisa com o logo”, exemplifica.
Bonecário/Divulgação/JC
Para a própria mãe, Elis criou uma boneca de cabelo curto e que usa roupas "desparceiradas". “Minha mãe chorou, então vamos entendendo que é um jeito de homenagear”, interpreta.
As bonecas e bonecos são vendidos por itens com valores separados. A média do preço do objeto completo, com cabelo, roupa, sapato, etc, é de R$ 300,00. Elis ressalta que o tempo das artesãs é o que mais pesa, pois os detalhes exigem dedicação.
A empresa vende, atualmente, pelas redes sociais (@bonecario) e está lançando no início de abril sua nova loja virtual (www.bonecario.com.br), onde seus clientes poderão fazer a montagem de seus bonecos. “Nossa proposta é juntar tecnologia com artesanato, pois existe um gap grande. Nosso sonho é que as famílias tenham acesso fácil em suas mãos e montem o boneco ou, então, façam a atualização ou ressignificação da sua imagem e montem infinitas identidades para que, depois, isso chegue físico na casa delas”, expõe.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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