Giovanna Sommariva

Novidade garante autenticidade e originalidade de itens no mundo digital

O que são as NFTs? Entenda a tendência

Giovanna Sommariva

Novidade garante autenticidade e originalidade de itens no mundo digital

Muito se tem ouvido falar sobre a nova tendência do mercado digital, as NFTs. Segundo dados do site de análises DappRadar, somente entre janeiro e setembro de 2021, a novidade movimentou cerca de US$13,2 bilhões. A sigla, em inglês, refere-se ao Not Fungible Token, ou seja, token não fungível. O gerente da HackerSec e especialista em Segurança da Informação e Defesa Cibernética, João Paulo Machado, 31 anos, ajuda a desmistificar e entender mais sobre o assunto. "O token seria a representação digital de determinado ativo, por isso vemos muitos NFTs de casas, terrenos e peças de arte. Já o fungível é aquela coisa que não pode ser substituída ou trocada, mesmo que por outra da mesma espécie. Então, tu nunca vais ter dois exatamente idênticos, assim como uma obra de arte, que só existe uma original", explica. De acordo com João, o NFT é como um certificado online, estabelecido por uma rede descentralizada, a blockchain, que garante a autenticidade e originalidade de um item no mundo digital.
Muito se tem ouvido falar sobre a nova tendência do mercado digital, as NFTs. Segundo dados do site de análises DappRadar, somente entre janeiro e setembro de 2021, a novidade movimentou cerca de US$13,2 bilhões. A sigla, em inglês, refere-se ao Not Fungible Token, ou seja, token não fungível. O gerente da HackerSec e especialista em Segurança da Informação e Defesa Cibernética, João Paulo Machado, 31 anos, ajuda a desmistificar e entender mais sobre o assunto. "O token seria a representação digital de determinado ativo, por isso vemos muitos NFTs de casas, terrenos e peças de arte. Já o fungível é aquela coisa que não pode ser substituída ou trocada, mesmo que por outra da mesma espécie. Então, tu nunca vais ter dois exatamente idênticos, assim como uma obra de arte, que só existe uma original", explica. De acordo com João, o NFT é como um certificado online, estabelecido por uma rede descentralizada, a blockchain, que garante a autenticidade e originalidade de um item no mundo digital.
"Dessa forma, o objeto passa a ter um valor quase incalculável, e também volátil, pois vai depender da movimentação do mercado e da procura relacionada ao item em questão. Da mesma maneira que o valor de uma obra de arte em um museu depende do quanto existe um apreço por parte do público, assim como a avaliação do mercado sobre o mesmo", garante. Para aqueles que se interessarem, o investimento pode ser feito de duas formas: adquirindo tokens não fungíveis de obras ou através de games. Mas, de qualquer forma, o especialista reforça a importância de manter-se atento aos golpes que estão surgindo dentro deste meio. "No caso de obras de arte, quando for realizar uma transação, a melhor forma é procurar um marketplace de grande porte, já conhecido no mercado, tomando cuidado com as carteiras de transação e suas senhas. Nunca disponibilize essas senhas e acessos para outras pessoas. Já no caso dos games, você deve buscar por jogos também consolidados no mercado, levando em conta que o game deve, preferencialmente, possuir um grande número de jogadores, porque são esses que tendem a ter um futuro mais sólido", declara.
Segundo João, diversos jogos que estão sendo lançados logo são desativados pelos seus criadores, que acabam ficando com todo o valor investido, por isso, para investir em games, deve-se tomar muito cuidado com todos os envolvidos no processo, avaliando a empresa, seus desenvolvedores e o histórico deles. Apesar de o setor ainda estar em constante mudança, suas regras já estão estabelecidas. "Muitas marcas famosas de moda, grandes veículos, têm entrado no mundo dos NFTs, disponibilizando itens do mundo real dentro do universo do blockchain", afirma. A perspectiva para o futuro vai depender de como essa onda será, ou não, popularizada entre a comunidade, que deve se acostumar com o novo formato de trocar itens materiais por digitais. A tendência para os próximos anos, inclusive, é que os preços diminuam, entrando em estado de equilíbrio. "O que acontece é que, hoje, por ser uma grande novidade no mercado, os preços têm sido muito elevados, então a tendência é que com o passar do tempo, esse custo venha a se equilibrar e ficar mais acessível", reforça. Andrew Martinez, CEO da HackerSec, também alerta o setor de cibersegurança, que deve tomar cuidado com os novos riscos que a modalidade oferece.
Confira os erros de segurança mais comuns dentro desse universo, e como evitá-los:
1. Falta de regulamentação e fiscalização
Como as vendas de NFTs ainda não são regulamentadas pelos órgãos governamentais de cada país, isso dificulta que normas legais direcionem as negociações, vulnerabilizando o consumidor e dificultando a fiscalização.  
2. Procedência duvidosa do ativo 
Como ainda não há regulamentação efetiva do setor, o especialista sugere que, ao adquirir um token não fungível, o artista ou investidor faça uma boa pesquisa da procedência do mesmo.
3. Roubo de ativos e exposição de dados 
Como os ativos digitais precisam ser mantidos em uma carteira, seja ela física ou virtual, ou na Exchange, uma corretora de cripto ativos presente no ambiente digital, estas podem ser clonadas, roubadas ou comprometidas. "Invista sempre em uma solução de segurança robusta para proteção dos dispositivos usados para manusear fundos, principalmente no caso dos NFTs", conclui o executivo.
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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