Giovanna Sommariva

Sabrina abriu a Pão Recheio após ser demitida do seu antigo emprego

Empreendedora cria marca de pães recheados com receita da avó

Giovanna Sommariva

Sabrina abriu a Pão Recheio após ser demitida do seu antigo emprego

Quando foi demitida do seu antigo emprego, pouco antes da Covid-19 se espalhar pelo mundo, Sabrina Rosa, 44 anos, ex-professora e atual proprietária da Pão Recheio, enxergou no delivery de comida uma forma de se reinventar. “Sempre foi um sonho, gosto muito de receber a comida na própria casa, sabe? É algo diferenciado”, opina a empreendedora, que fez tudo isso atrelado a um único objetivo: despertar o gostinho de infância em todos aqueles que provarem dos seus produtos.
Quando foi demitida do seu antigo emprego, pouco antes da Covid-19 se espalhar pelo mundo, Sabrina Rosa, 44 anos, ex-professora e atual proprietária da Pão Recheio, enxergou no delivery de comida uma forma de se reinventar. “Sempre foi um sonho, gosto muito de receber a comida na própria casa, sabe? É algo diferenciado”, opina a empreendedora, que fez tudo isso atrelado a um único objetivo: despertar o gostinho de infância em todos aqueles que provarem dos seus produtos.
“É aquilo de trazer a memória da infância. Porque é um pão caseiro com gostinho de pão de vó mesmo, então tu lembras da infância, aquele cheiro de pão quentinho. Essa coisa do afeto, acho que todo mundo está tentando resgatar depois da pandemia”, afirma.
Embora Odette, 76 anos, não ser avó biológica de Sabrina, a relação das duas data de muitos anos atrás. “Era manicure dela há muitos anos, e mesmo depois que parei, a amizade continuou forte. Apesar da significativa diferença de idade, temos uma relação e intimidade muito grandes, nos tratamos como família mesmo, inclusive, sou íntima de toda a família dela”, explica. E durante todos esses anos de amizade, Odette sempre a recebia da mesma forma: com um cafézinho e um pão feito em casa, receita própria. “Ela sabia que eu era apaixonada, então um dia decidiu que, se eu gostava tanto assim, deveria aprender a fazer. Foi lá e me ensinou”, lembra a empreendedora.
 
PAORECHEIO/DIVULGAÇÃO/JC
Quando começou a, literalmente, colocar a mão na massa, Sabrina notou que teria de adaptar a receita para a sua realidade. “Eu morava sozinha, então fazer a receita da vó, que era de um pão de 1 quilo, até poderia ficar bom no primeiro e segundo dia, mas depois já não era a mesma coisa, e também acabava sobrando muito. Tive a ideia de congelar em porções menores, mas continuava tendo que sempre comprar queijo, presunto e outros insumos, daí surgiu a ideia: por que não preparar o pão com o recheio já pronto e descongelar quando quisesse comer? E deu muito certo”, garante.
Todo o processo ocorreu de forma natural, afirma Sabrina, que iniciou a vender as opções para amigos, vizinhos e familiares. “Foi dando certo e eu segui divulgando, entregando panfletos. Depois de um tempo, entrei no iFood e continuo seguindo essa caminhada. Acredito muito nesse projeto, ainda quero ver a Pão Recheio chegando na casa de todos os gaúchos, tenho muitos planos para o futuro”, admite. Um deles, inclusive, foi posto em prática recentemente, quando a cozinheira abriu um espaço físico onde seus clientes podem tomar um chá, café e provar os pãezinhos. Porém, ela reforça: não somos uma cafeteria. “Não temos essa proposta, aqui é a Pão Recheio, vendemos algumas bebidas, mas é uma proposta e um espaço totalmente diferente de um café tradicional”, declara.
O local está situado na rua Guido Mondin, nº 132, no bairro São Geraldo, e conta com mesas, cadeiras e uma máquina de café para consumo no local, mas a tele-entrega segue sendo a maior aposta do negócio.
ANDRESSA PUFAL/JC
“Ainda quero ver a Pão Recheio muito grande, que todo mundo tenha ela como referência, porque é bem mais que um pão, um lanche, sabe? É uma experiência, que chega na tua casa para despertar algo diferente, trazer essa afetividade e memórias antigas”, explica. Inclusive, a empreendedora conta que já recebeu alguns feedbacks do tipo pelo Instagram (@recheiopao). “Pessoas comentam que comeram e tiveram aquela lembrança da infância, é muito legal ver que consegui alcançar a emoção de alguém através da comida, culinária em si. Significa que estou cumprindo meu objetivo”, completa.
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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