Giovanna Sommariva

Iniciativa atua com o propósito de melhorar o acesso à Justiça

Valor de ação judicial pode ser antecipado através de plataforma

Giovanna Sommariva

Iniciativa atua com o propósito de melhorar o acesso à Justiça

A DigCap, plataforma de intermediação de crédito judicial, busca conectar pessoas, físicas e jurídicas, que possuem ações no sistema com investidores interessados em comprá-las. “Queremos ganhar dinheiro, sim, é um negócio, mas seguimos com o propósito de ajudar pessoas que precisam daquele dinheiro e não podem esperar anos até acabar o processo”, declara Leonardo Stocker, 37 anos, idealizador e sócio da plataforma.
A DigCap, plataforma de intermediação de crédito judicial, busca conectar pessoas, físicas e jurídicas, que possuem ações no sistema com investidores interessados em comprá-las. “Queremos ganhar dinheiro, sim, é um negócio, mas seguimos com o propósito de ajudar pessoas que precisam daquele dinheiro e não podem esperar anos até acabar o processo”, declara Leonardo Stocker, 37 anos, idealizador e sócio da plataforma.
A ideia para criar a startup surgiu em 2019, quando Leonardo, que na época trabalhava em um escritório de advocacia, se deparou com um cliente desesperado, que possuía créditos a receber de uma ação trabalhista, mas sem previsão de quando isso iria ocorrer. “Ele precisava pagar um empréstimo que tinha feito, recorreu até a um agiota, foi então que surgiu a ideia de conectar ele a um investidor, que já havia feito coisas do tipo, e esse acabou comprando a ação, assumindo o processo daquele cliente”, lembra o empreendedor.
O projeto surge como uma alternativa para quem possui alguma ação e não quer aguardar anos até o seu término. “Se uma pessoa tem R$ 50 mil para receber, por exemplo, daqui a uns dois anos, mas precisa desse dinheiro agora e não pode aguardar, ou até não quer, nós fazemos uma análise e precificação da mesma, aplicando um deságio. A partir daí, um investidor interessado pode comprar essa ação com uma diferença de 20% ou 30%, que pagaria em torno de R$ 35 mil, nesse caso, e ao final do processo, receberia os R$ 50 mil”, explica.
Jackson Cicierig/Divulgação/JC
Atuando com o conceito de ecossistema, a plataforma faz toda a intermediação entre as duas partes envolvidas. Tanto investidores quanto interessados em vender as suas ações se cadastram pelo site, preenchendo um breve formulário. “Reforçamos que os vendedores coloquem poucos dados, porque apenas o número do processo já é suficiente para realizarmos toda a busca e análise da ação. Também pedimos que, preferencialmente, anexem o contato do seu advogado”, afirma.
Apesar de atuar com processos e ações judiciais, algo que já realizava no seu antigo emprego, Leonardo conta que o empreendedorismo em si é muito diferente do que ele estava acostumado. “Como operador de direito, eu não fui educado para empreender, eu fui treinado e ensinado para achar problemas e não soluções”, expõe. O sócio afirma que não é fácil estar à frente de uma startup, mas o fato do negócio ter sido acelerado, recentemente, pela Wow Aceleração de Startups, ajudou muito. Ele também reforça que, após terem sido aceitos pela aceleradora, toda a equipe recebeu e ainda recebe muita mentoria.
A iniciativa também produz muito conteúdo informativo, no intuito de mostrar para as pessoas que essa opção já está disponível no mercado. “Isso sempre existiu, mas não era algo aberto. Nossa proposta é apresentar para o juiz quem está comprando de quem e porque, sempre mantendo um processo muito transparente com todas partes”, afirma. Segundo Leonardo, o projeto praticamente não teve investimento, pois muito do processo da empresa foi feito por vesting, isto é, os próprios colaboradores vieram a se tornar sócios do negócio. Depois disso, todo dinheiro utilizado vinha do próprio caixa da empresa.
A proposta continua sendo cadastrar cada vez mais pessoas na plataforma, potencializando o negócio e oferecendo maior e mais fácil acesso à justiça. “Se por acaso, algum dia, o sistema judiciário do nosso País melhorar e a gente não precisar mais fazer isso, maravilha! Mas pode ter certeza que vamos atrás de outra ideia”, completa.
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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