Uma informação que muita gente não sabe é que proprietários de lojas, normalmente, estão abertos a negociações de carência de aluguel. Isso significa que você pode receber as chaves de um imóvel, montar seu negócio e só depois que ele já estiver funcionando começar a pagar pelo uso do espaço.

A especialista em aluguéis comerciais e admnistradora do Instagram @osucessoimobiliario, Viviane Costa, de Canoas, tira as dúvidas sobre o assunto. Ela ressalta, ainda, que tudo depende, também, de imobiliária para imobiliária, que ajusta suas regras para o período combinado. 

Na carência, o locatário não paga aluguel, somente encargos (água, condomínio, luz, IPTU, seguro fogo).

Deve-se passar ao proprietário o período de carência solicitado pelo futuro inquilino. Se o proprietário aceitar, será colocado em cláusula contratual onde fala da negociação.

Os locatários sempre pedem e é comum os proprietários aceitarem.

Normalmente, quando o imóvel precisa de adequação para atividade do locatário no local - quase todos precisam. 

Depende do imóvel. Normalmente, sala comercial, de 50m², por exemplo, pedem um ou dois meses, no máximo. Lojas e pavilhões, em média, três meses. Mas negociações em centros logísticos para módulos de 5 mil m² pode chegar a nove meses de carência, por exemplo. Uma igreja de 400 m² em Porto Alegre pediu oito meses. 

Se a carência for por benfeitoria, fica para o imóvel. Por exemplo, se o piso precisa ser refeito, o locatário pede carência e faz o piso. Ficará no imóvel. Sem falar que o proprietário já tem o imóvel locado e não irá pagar encargos.

Sim. E especificado se foi para adequação da atividade ou benfeitoria. O contrato é o acordo formal, precisa ter tudo escrito. Inclusive para o financeiro da imobiliária saber o que cobrar do locatário naquele mês.