Setor tem opções para diferentes perfis de empreendedores, com investimentos inferiores a R$ 5 mil para começar um negócio

O que você precisa saber para abrir uma franquia


Setor tem opções para diferentes perfis de empreendedores, com investimentos inferiores a R$ 5 mil para começar um negócio

O setor de franquias está otimista. Tanto que, recentemente, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) promoveu a primeira feira presencial desde o início da pandemia no Rio de Janeiro. A expectativa é que mais brasileiros busquem o modelo para embarcarem no empreendedorismo. Entre as vantagens de abrir um negócio em rede, estão fatores como: credibilidade de marca, processos validados pelo mercado e troca de conhecimento constante. Há opções para diversos bolsos, inclusive com investimento inferior a R$ 5 mil, que se enquadram na categoria de microfranquias.
O setor de franquias está otimista. Tanto que, recentemente, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) promoveu a primeira feira presencial desde o início da pandemia no Rio de Janeiro. A expectativa é que mais brasileiros busquem o modelo para embarcarem no empreendedorismo. Entre as vantagens de abrir um negócio em rede, estão fatores como: credibilidade de marca, processos validados pelo mercado e troca de conhecimento constante. Há opções para diversos bolsos, inclusive com investimento inferior a R$ 5 mil, que se enquadram na categoria de microfranquias.
Milhares de franquias operam no Brasil e no mundo. De forma resumida, trata-se de uma marca que se expande através da venda de unidades para terceiros, que passam a tomar as decisões em conjunto.
A modalidade iniciou em 1917, nos Estados Unidos, quando surgiram os primeiros mercados de vizinhanças. Mais tarde, em 1921, foi criada a primeira franquia de serviços: a da locadora de veículos Hertz. No Brasil, o formato começou a ser adotado em 1950, com o surgimento das escolas de idiomas Yazigi e CCAA.
Para Adriana Auriemo, diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da ABF, as microfranquias são tanto uma oportunidade de ter o próprio negócio para empreendedores e empreendedoras com menor capital para investimento quanto uma alternativa de diversificar os negócios e atender diferentes perfis de mercado, inclusive fora dos grandes centros, por parte das redes. "Em períodos de retração econômica, de redução da oferta de vagas de emprego, como estamos vivendo, os modelos de negócio mais enxutos se transformam em uma alternativa ainda mais interessante, uma vez que oferecem um modelo de negócio pronto e testado, além do treinamento e suporte de um empresário mais experiente, o franqueador", diz ela.
Segundo classificação da ABF, as microfranquias são negócios com investimento inicial de até R$ 105 mil e operam no País 562 redes, sendo 63% puras (apenas com este modelo) e 37% mistas (com os dois modelos). Dentre os ramos explorados, estão cosméticos, coxinhas, bolos, assados e grelhados, sorvetes, jóias, moda, acessórios para celular, piscinas, produtos naturais, consultoria em importação, contabilidade, limpeza e conservação de ambientes, hotelaria, turismo, enfermagem, cuidados com idosos, educação, imóveis e seguros.

Como vencer o medo de empreender

Artur Hipólito, sócio-diretor do grupo Zaiom, que foi CEO do Wizard e que é pioneiro em microfranquias no País, diz que empreender em um cenário de pandemia não é tão diferente das condições normais. "Temos que vencer o medo de empreender todos os dias", ressalta, lembrando que os desafios são constantes quando se tem um negócio.
"Precisamos superar a falta de motivação, de achar que temos respostas para tudo", acrescenta o empresário. Segundo Artur, há justificativas para desistir de seguir um objetivo diariamente, por isso a persistência é tão importante.
Ele alerta, no entanto, que o segmento de franquias requer atenção redobrada. A empolgação não pode cegar o futuro empreendedor na hora de escolher uma rede. "Não se pode comprar o sonho dos outros, é necessário achar algo que a pessoa goste, com propósito", ressalta.
Artur destaca, ainda, que o ideal é evitar modismos. Ele exemplifica com a febre das paletas mexicanas, que invadiram o modelo de franquias antes da pandemia e que agora estão praticamente extintas. "Preste atenção no timing", sugere.
 

Sete hábitos para garantir sucesso

Denis Santini, sócio do Grupo MD - Comunicação, Tecnologia e Inovação, é um multifranqueado. Atualmente, ele tem uma unidade do Rei do Mate e cinco da Estetic360.
O empreendedor afirma que é essencial analisar os resultados dos outros franqueados constantemente. Em um desses exercícios, percebeu que poderia aumentar seu ticket médio de venda e se aproximar da performance do primeiro colocado da sua rede de cafeterias.
Por isso, além do lanche, passou a sempre oferecer algum outro item de R$0,90, como um chiclete, bombom, bala. "A casa depois da vírgula importa", ressalta, ao narrar que o seu faturamento catapultou após a estratégia. Com essa experiência e por ser multi-franqueado, Denis lista sete hábitos dos franqueados mais bem-sucedidos.
1. Engaje com a marca: A primeira decisão é tomada pelo franqueado, que escolhe a rede com os mesmos valores que os seus.
2. Trabalhe com e para o franqueado: Ao investir em uma franquia, você compra um método. Dali para frente, o trabalho é conjunto, e é preciso saber lidar com isso.
3. Motive e valorize a equipe: Conte com operadores que tenham esse hábito também.
4. Não ache culpados, procure soluções: Todo mundo tem uma desculpa na ponta da língua, mas ela é o primeiro fator para o fracasso.
5. Desenvolva e invista em ações locais: Pense que o que a franqueadora fizer de ações de relacionamento e comunicação é o "a mais". Você precisa assumir essa responsabilidade.
6. Invista e reinvista em capacitação: É mal de franqueado parar de se capacitar. Mesmo quem já é "grande" deve continuar se capacitando e oferecendo isso para a equipe.
7. Pense grande.

Lista de microfranquias que participaram da ABF Expo