Inspirado nas tradicionais padarias da cidade de São Paulo, as “padocas”, o Estação Bom Fim (rua Tomaz Flores, nº 172) se propõe a ser um lugar para todas as horas do dia, oferecendo café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e happy hour. Quem deseja iniciar as refeições no coração do bairro Bom Fim desembolsa em torno de R$ 12,90 com os combos, que contam com café e um sanduíche.
Aberto todos os dias em horários alternados, o restaurante foi inaugurado em março de 2019, fruto de um sonho dos amigos Fabiano Grazziotin, 51 anos; José Luiz Malmaceda, 59; e Lucas Dutra, 37 – que mora em São Paulo. A estreia dos três no empreendedorismo foi ideia de Fabiano, que “convenceu” os sócios a se juntarem à empreitada.
O negócio de 250 metros quadrados tem 13 funcionários e atende até 40 mesas ao mesmo tempo. Como afirma Fabiano, o Estação tem um cardápio “reduzido, mas variado”, que oferece opções vegetarianas e veganas. Os pães de fermentação natural fazem sucesso entre os clientes. “Mas o Farroupilha é o mais vendido da casa”, destaca o sócio, também citando a torrada colonial e as baguetes. Para garantir o frescor dessas iguarias, o restaurante conta com padaria e confeitaria próprias, absorvendo 100% da produção de pães e doces.
“Foi um dos pontos de discussão no planejamento, mas a produção própria é uma relação de custo versus benefício”, diz, referindo-se aos gastos que seriam despendidos para fornecedores e à responsabilidade pelos itens.
Outra preocupação observada pelos sócios na execução do projeto, que durou um ano e meio, foi a adequação do ambiente aos animais de estimação. “É impressionante a quantidade de moradores passeando com seus pets pelo bairro. Foi uma condição para o negócio”, expõe Fabiano. Quem chega com seu bichinho pode desfrutar o deck de madeira do Estação, com espaço pensado para prender a guia dos cães.
A escolha do Bom Fim para a abertura do empreendimento também foi estratégica, afirma o sócio. “Aqui, temos um leque de negócios”, diz, sobre a concorrência que não intimida. Para ele, o bairro possui representatividade na gastronomia da Capital, o que pode ser uma grande vantagem para os restaurantes inseridos na região.
Além disso, o público que frequenta o Estação é variado: de adolescentes após o horário escolar até pessoas de meia-idade que querem fazer um lanche da tarde. “Atendemos a todas as camadas e todos os públicos”, acredita Fabiano. Fica a dica para quem quer desfrutar uma experiência variada em Porto Alegre a qualquer hora, em qualquer dia.
Para curtir a natureza
Um local que pouco parece Porto Alegre, com acesso privado ao Guaíba e rodeado de morros, virou nova opção de passeio para quem curte o contato com a natureza. O Bosque do Retiro, no bairro Ponta Grossa, há pouco tempo, era um terreno usado apenas para as celebrações da família de Fabiano e Raquel Endler. O casal, neste ano, investiu para tornar a propriedade sede de eventos particulares e públicos.
"Identificamos uma escassez de empreendimentos que unam o contato com a natureza a uma boa estrutura, que proporcionem a possibilidade de fazer desde um piquenique até cerimônias mais requintadas", diz Raquel, que também é advogada.
Quadra de volêi ou beach tênis, cesta de basquete, slackline, balanço, vestiários, além de fogão a lenha, churrasqueira e fogos de chão espalhados pelo gramado estão entre os atributos do negócio.
O nome se dá devido ao imenso bosque que recebe os visitantes na entrada do terreno de um hectare.
No mês de dezembro, o local foi utilizado por empresas para festas de fim de ano. Raquel e Fabiano também promoveram um dia de burger e uma feijoada com samba.
O objetivo é que, no verão, funcione todos os fins de semana a partir do dia 12 de janeiro. "Nossa programação estará vinculada a fornecedores de alimentação e também a escolas de esportes aquáticos. Será possível fazer aula de stand up paddle (SUP), windsurf, andar de caiaque ou velejar com foil board", lista Raquel.
O valor da entrada para curtir o dia é de R$ 30,00, enquanto para eventos fechados varia conforme o número de pessoas.
A expectativa, agora, é que mais pessoas tenham acesso ao que torna a infância dos filhos do casal, Manuela e Matheus, de quatro e sete anos, tão especial. "É uma energia maravilhosa que vem da natureza, do rio e das árvores nativas. Aqui, a criançada tem liberdade para correr e explorar o verde", destaca Raquel.
Que tal dormir como o Harry Potter?
Pegue suas malas que o Expresso está pronto para sair em direção a Hogwarts. Fãs de Harry Potter entenderão a brincadeira, mas a verdade é que trata-se de outro destino: a rua Luiz Afonso, nº 362, na Cidade Baixa. O local, que está disponível para aluguel na plataforma Airbnb, é novidade na Capital para quem quer passar por uma imersão no universo do bruxo.
A publicitária Larissa Guedes Philomena, 28 anos, é a responsável pela ideia, que virou realidade em novembro e que leva o sobrenome da família paterna. "É uma homenagem de certa forma. Decidi chamar de 'Casa da Bruxa Philomena' porque esse lugar é do meu avô. Vai ficar para o meu pai e, depois, oficialmente, para mim", explica Larissa.
O local, no entanto, estava fechado há mais de 10 anos. A casa já funcionou como moradia para famílias e negócios gastronômicos. Larissa pensou em fazer um café, mas mudou de ideia ao conhecer outro empreendimento baseado em Harry Potter: o Café Sala Precisa.
"Fiquei três meses articulando o que fazer, nove meses limpando e pintando junto aos meus familiares, porque estava um cenário apocalíptico. Funcionar como Airbnb é prático, não precisa de funcionários, eu mesma preparo tudo", garante Larissa, que mora no andar de cima da residência.
A empreendedora é muito fã do personagem, e isso fica evidente ao entrar no local. Há referências por todas as partes. Algumas óbvias e outras que demonstram o cuidado e o carinho de alguém que realmente dissecou a saga. As paredes têm quadros, os móveis são rústicos e nem as gavetas escaparam de guardar alguns segredos.
Para caracterizar os cômodos, o investimento foi de R$ 20 mil. Larissa conta que a quantidade de elementos colecionados ao longo dos anos facilitou na hora de montar o ambiente.
"Leio, vejo e sou apaixonada desde os 11 anos. Muitas coisas que trouxe para cá são da minha coleção. Dói um pouco deixar aqui, mas sei que é necessário compartilhar a experiência. Já ter muitas coisas e o imóvel ser da família me ajudou bastante."
A Casa da Bruxa Philomena está recebendo visitantes, na maioria dos casos, entre 20 e 30 anos, que querem "fugir da rotina", segundo Larissa. O balanço aponta que os porto-alegrenses procuram a experiência como uma forma de passeio, transcendendo, assim, a questão da hospedagem. Ensaios fotográficos também foram realizados por ali.
Sobre elementos nem tão bruxos assim, Larissa demonstra seu esforço para torná-los mais mágicos.
"Tem as coisas legais que a gente bota porque são bonitinhas e combinam, e as outras que são necessárias, que não podem faltar. Como estamos em Porto Alegre, faço questão de deixar uma cuia e um pote com erva-mate. Mas tentei deixar o mais bruxo possível, colocando descrições nos temperos como 'semente de mandrágora' para pimenta e 'flor de mandrágora' para orégano, por exemplo."
A hospedagem acomoda quatro pessoas e conta com uma área para jogos com aros de quadribol e uma simulação da característica Plataforma 9 . A hospedagem custa R$ 250,00.