, Professora do curso de pós-graduação em marketing da Estácio

As ações voltadas ao marketing têm alcance ampliado com a digitalização de processos e com os avanços conquistados pela tecnologia

Atenção para as tendências do marketing para 2022


As ações voltadas ao marketing têm alcance ampliado com a digitalização de processos e com os avanços conquistados pela tecnologia

Foi-se o tempo em que o marketing era considerado essencial somente para as grandes empresas. Graças aos constantes avanços da tecnologia, as ações para alcançar, impactar e convencer o público a querer conhecer o seu produto se tornou muito mais fácil, atrativo e barato. O que antes ficava restrito aos CNPJs que tinham condição de arcar com campanhas publicitárias de alto custo em TVs, rádios, sites, outdoors, hoje, com as redes sociais, plataformas de vendas online e de interação, é acessível ao pequeno e médio empreendedor.
As ações voltadas ao marketing têm alcance ampliado com a digitalização de processos e com os avanços conquistados pela tecnologia, que nada mais é que o caminho que leva os varejistas rumo à compra. Especialistas seguem o que chamam de 4Ps, que, juntos, formam o marketing mix: produto, preço, praça e promoção, onde, se trabalhados de forma correta, compõem a estratégia de marketing perfeita para o varejo. Com a popularização da internet, o varejo precisou alterar as ações por dois motivos principais: acompanhar a velocidade do mercado e atender às expectativas e necessidades de um consumidor reinventado.
Mas, assim como todos os outros nichos da sociedade, essa percepção mudou devido à pandemia. A ideia segue, até hoje, com um adicional importantíssimo: a tecnologia. Prova disso é que, dos mais de 8,2 mil profissionais de marketing entrevistados pela Salesforce entre maio e junho de 2021 em 37 países (incluindo o Brasil), mais de 80% afirmou que a pandemia mudou a maneira de as marcas alcançarem o público e impactou suas estratégias de engajamento digital. Os dados fazem parte do relatório Global State of Marketing, que foi publicado pela empresa em novembro.
Diante disto, e com toda a transformação digital que não parou um só dia, novas soluções foram criadas para poder conhecer e convencer o novo perfil consumista da sociedade, e aí que entram as tendências de apostas do marketing de varejo para 2022, onde alguns pontos cruciais necessitam de atenção quando a marca quer aproveitar o boom digital para crescer.
Nesta lista, as tendências passeiam tanto pelo que as grandes empresas estão apostando, quanto pelas ferramentas e ações que pequenos e médios empresários podem promover. Contudo, o mais importante aqui é ajudar você a despertar uma sensibilidade em sua forma de pensar, para poder traçar estratégias e ideias inovadoras para o ano que se aproxima.
1 - A ascensão do vídeo
Do YouTube ao TikTok – passando pelos Reels e pelas lives, o vídeo ganhou relevância durante a pandemia. Este foi o canal de marketing que mais cresceu ao longo do último ano, seguido pelas redes sociais e anúncios digitais. A importância de investir em conteúdos de vídeo se dá pela interação e humanização do seu produto, algo que hoje é muito valorizado pelos clientes, visto que muitas ações perderam o ar de "natural''.
2 - Omnishopper
Se a forma de consumo mudou, o shopper também mudou. Ainda mais com vários novos estímulos gerados pelo marketing de varejo, online e offline. Hoje, as pessoas estão em busca de novas experiências e para isso elas precisam ser alcançadas com conteúdos e sugestões criativas. Atualmente, muitos consumidores estão atrás e valorizam os mais diversos modelos de compras, então porque não apostar estar presente e fazer um bom conteúdo em plataformas de compras coletivas, redes sociais, e-commerce, ações físicas em locais urbanos, aliadas a interatividade online com QR Codes com descontos espalhados por vários locais, entre outras ideias.
3 - Inteligência artificial
É a capacidade que a máquina possui de tomar decisões inteligentes com base em opções preestabelecidas, sem precisar da interação humana. É um trabalho em conjunto com o machine learning: o sistema é abastecido constantemente com um banco de dados, podendo assumir funções que antes eram desempenhadas por pessoas.
Aqui o destaque fica por conta das redes sociais e plataformas que oferecem a você a possibilidade de poder fazer um "anúncio pago", para poder alcançar novas pessoas. A partir desta ação, a inteligência artificial vai passar a avaliar qual melhor usuário ela vai poder entregar a sua publicidade, a partir de uma avaliação do que ela pesquisa, onde ela está, o que costuma comprar, entre vários outros critérios para poder ser assertivo na hora da entrega. Você quer um exemplo?
Quando os programas de assinatura on demand como Netflix e Spotify fazem sugestões de filmes, seriados e músicas de acordo com suas preferências e histórico de visualização, tenha certeza de que existe big data por trás de tudo isso.
4 - Realidade aumentada
Lembra do Pokémon Go? É um ótimo exemplo de realidade aumentada, também conhecida como RA. Ainda pouco explorada pelo comércio brasileiro, a realidade aumentada ainda é uma grande oportunidade para você se diferenciar e sair na frente dos seus concorrentes. Por exemplo, já imaginou poder provar uma roupa e vê como ela fica no seu corpo, mas sem sair de casa? Esse é um dos atrativos da realidade aumentada, onde a partir de uma foto ou câmera você pode ter essa experiência, que inclusive, linka com o que falamos agora a pouco no ítemOmnishopper.
5 - Metaverso
O metaverso, universo virtual, promete ser "o novo capítulo da Internet". Sua proposta é espelhar o mundo real no ambiente virtual, onde as pessoas poderão interagir por meio de avatares 3D e a partir de tecnologias como realidade virtual e aumentada. Há pouco mais de duas semanas, o Festival Curta Brasília, realizou sua segunda mostra de curtas em seu metaverso, onde os usuários andavam por salas de cinema, e podia escolher qual filme assistir, qual debate participar, além de ler cartazes e sinopses de filmes, algo muito semelhante ao que fazemos quando vamos no cinema. Agora, já pensou em poder andar pela sua loja favorita onde a estrutura, as araras com roupas e até mesmo uma atendente vai estar lhe atendendo, mas de forma virtual? Pois, é, esse é um grande exemplo do que esta tecnologia visa explorar e o varejo já está de olho em como viabilizar isso.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC

Amanda Oseki
, Professora do curso de pós-graduação em marketing da Estácio

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