GeraçãoE participou de edição realizada no mês passado no Tecnopuc, na Capital

Como funciona um circuito empreendedor universitário


GeraçãoE participou de edição realizada no mês passado no Tecnopuc, na Capital

No GeraçãoE, conversamos diariamente com quem empreende sobre as suas trajetórias no mundo dos negócios. Falamos de sucesso, de fracasso, sobre ideias supercriativas e sobre outras muito simples. Por isso, passar pelo Circuito Empreendedor do CriaLab, laboratório de criatividade do Tecnopuc, foi uma experiência reveladora.
No GeraçãoE, conversamos diariamente com quem empreende sobre as suas trajetórias no mundo dos negócios. Falamos de sucesso, de fracasso, sobre ideias supercriativas e sobre outras muito simples. Por isso, passar pelo Circuito Empreendedor do CriaLab, laboratório de criatividade do Tecnopuc, foi uma experiência reveladora.
A dinâmica dura em torno de três horas e é oferecida de forma gratuita para o público em um esforço conjunto dos setores do Tecnopuc. Neste dia, um grupo de comunicadores foi convidado a viver uma manhã cheia de desafios.
A primeira dinâmica, comandada pela equipe do Idear, questionava as nossas ideias e desejos para o futuro. Assim, um participante foi colocado de frente para outro, em uma espécie de rodízio. Ao soar da buzina, muda-se o parceiro. A cada parada, que dura em torno de um minuto, conversamos sobre diversos aspectos da vida, como quais conselhos sempre ouvimos de nossos pais, comida preferida e o que esperamos para o futuro.
Em um segundo momento, recebemos o desafio de pensar novas funções para um esparadrapo, um objeto que a priori não parece ser minimamente criativo. Em post its, cada participante deveria escrever os possíveis usos para o item, do tradicional aos mais inventivos.
Depois disso, pensamos qual público poderia usar o esparadrapo e, posteriormente, elencamos quais tecnologias podem substituir os usos que pensamos para o objeto. Divididos em grupos de quatro participantes, retiramos três post its que iriam guiar a nossa manhã.
O meu grupo pegou as seguintes sentenças: "curativo para boxeador", "enfermeiros" e "colar parte do corpo humano". A partir daí, fomos desafiados a elaborar um produto ou uma tecnologia para solucionar o problema que tínhamos em mãos.
Esse é um momento chave para muita gente que têm o desejo de abrir o próprio negócio, mas ainda não teve uma ideia instigadora. A experiência do circuito empreendedor mostra que, mais importante que um grande insight, é estar ciente do problema que ele resolve e com qual nicho ela dialoga.
Ou seja, de nada vale ter um superprojeto se o empreendedor ou empreendedora não prestar atenção às demandas ao nosso redor e pensar soluções para elas. O coletivo importa.

Hora de executar a ideia

Com a ideia em mente, passamos para o protótipo do negócio, momento em que definimos público-alvo, proposta de valor, estratégias de comunicação. Com essas etapas concluídas, chegamos ao ponto de, finalmente, concretizar o produto.
No nosso caso, desenvolvemos uma luva relaxante para quem tem tarefas desgastantes com as mãos em sua rotina ou para quem apenas deseja um momento de autocuidado. Com propriedades para combater o envelhecimento e para hidratação, a luva também possuiria agentes anti-inflamatórios e antissépticos, pensando no personagem boxeador lá do início da dinâmica.
Fomos até o Tecnopuc Fab Lab, laboratório de criatividade e prototipagem. Com diversas ferramentas, que vão desde impressoras 3D a simples parafusos, o espaço permite que os empreendedores e empreendedoras façam esboços de seus produtos. Essa etapa serve para mostrar erros e acertos no que diz respeito a escolhas de design e funcionamento.
E vejam que bacana: o local é aberto ao público uma vez por semana! Informações mais detalhadas sobre o seu funcionamento estão no site do Tecnopuc.
De lá, o grupo saiu com uma pequena luva feita em placas de madeira cortada a laser para tornar palpável o conceito. Com o protótipo em mãos, chegou a hora do famoso pitch, ou seja, de apresentar a ideia para investidores. Fomos desafiados para, em dois minutos, mostrarmos a representantes de duas startups o produto que desenvolvemos. No curto período, temos de resumir tudo do nosso negócio.
Nesse momento, deu para sentir na pele como é difícil colocar um produto no mercado. Mesmo confiantes da nossa proposta, os questionamentos feitos pelos possíveis investidores fizeram repensar a viabilidade do objeto que desenvolvemos naquela manhã.
Embora sem o intuito de realmente desenvolver aquela luva, o circuito é uma boa possibilidade para quem deseja colocar a cabeça para funcionar. O que surge ali não necessariamente precisa ser viável, mas a dinâmica apresenta uma maneira de instigar a criatividade na hora de abrir um negócio.
O próximo circuito está previsto para outubro e mais informações podem ser encontradas em www.pucrs.br/tecnopuc.