Da fusão entre os mundos on e off-line e a inteligência logística, nasce um novo varejo

A maneira de vender está mudando


Da fusão entre os mundos on e off-line e a inteligência logística, nasce um novo varejo

Ricardo Oliveira, 35 anos, arriscou abrir a Bike Village para realizar um sonho. Praticante da modalidade de mountain bike enduro, ele queria levar o hobby para o lado profissional. Com experiência de 15 anos no varejo, na empresa da família, iniciou o projeto próprio em 2014, com um e-commerce especializado em bicicletas enduro - modalidade que combina o downhill e a pedalada em trilhas. Aos poucos, a Bike Village trouxe Ricardo para vivenciar aquilo que a China chama de "novo varejo": a junção dos mundos on e off-line e da logística como princípios de uma nova dinâmica para os lojistas.
Ricardo Oliveira, 35 anos, arriscou abrir a Bike Village para realizar um sonho. Praticante da modalidade de mountain bike enduro, ele queria levar o hobby para o lado profissional. Com experiência de 15 anos no varejo, na empresa da família, iniciou o projeto próprio em 2014, com um e-commerce especializado em bicicletas enduro - modalidade que combina o downhill e a pedalada em trilhas. Aos poucos, a Bike Village trouxe Ricardo para vivenciar aquilo que a China chama de "novo varejo": a junção dos mundos on e off-line e da logística como princípios de uma nova dinâmica para os lojistas.
Depois de três anos no e-commerce, com principal público em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, em 2017, o negócio se estendeu para o comércio convencional, com uma loja física na rua Passo da Pátria, nº 157, em Porto Alegre. O objetivo de Ricardo foi adicionar o fator experiência para os ciclistas de enduro. Avançar para a iniciativa off-line trouxe um incremento no mix de produtos, com bicicletas de passeio e infantis, componentes e acessórios, além do serviço de oficina. "E foi só a partir desse momento que a conta começou a fechar", expõe. A missão para quem quer surfar a onda do novo varejo, na prática, é entender que o negócio passa a ter dois balcões, e precisa se relacionar com o cliente de acordo com cada um deles.
Com sistema de estoque integrado, captação de dados e comunicação, ele afirma que "o segredo é mesclar bem o mundo on-line com o off-line", e vice-versa. "Assim como produzimos conteúdo com postagens em blog, e-mail marketing e contato por WhatsApp, na loja, fazemos eventos e workshops", exemplifica. Segundo ele, é preciso entender o perfil de consumidor de cada ambiente, embora seja um só negócio. Uma vez que a internet tornou-se o verdadeiro balizador de preços do varejo, o cliente virtual está interessado, fundamentalmente, em preço. "Não tem tanto a questão experiência." E a tecnologia se faz fundamental não só na hora de vender e coletar dados. Como divide as atenções e a rotina com outro emprego, Ricardo consegue administrar a Bike Village onde quer que esteja, pelo sistema de gestão em nuvem. "A inteligência está em ter um produto bacana, usando de forma maciça ferramentas de tecnologia na nuvem", expõe.

Por que implantar o novo dentro do velho varejo

Ricardo encara a Bike Village como startup, onde pode testar ideias rápido, com baixo custo e levar os conhecimentos adquiridos para a Ferragem Thony, negócio familiar que existe há 45 anos, onde é responsável pela área de inovação.
No caso da Thony, essa inteligência de mesclar os mundos on-line e off-line se tornou cada vez mais necessária nos últimos anos. Para manter o olho vivo nas mudanças, como membro da CDL Porto Alegre, Ricardo ressalta a importância de empreendedores participarem de entidades de classe. "O que estamos fazendo é atender à necessidade de um novo consumidor, que faz buscas no Google quando quer comprar algo, que está se relacionando a partir das redes sociais. Temos que estar onde as pessoas estão." Como bicicleta após pegar o embalo, o varejo é um movimento contínuo.