O Club Tie foi lançado há três meses e conta com 20 assinantes

Engenheiro cria em Porto Alegre primeiro clube de assinatura de gravatas


O Club Tie foi lançado há três meses e conta com 20 assinantes

Devido às obras que visita, o engenheiro civil Mauro Monte Costa, 42 anos, porto-alegrense que mora em Caxias do Sul, raramente pode usar gravata. Do sonho reprimido de vestir o adereço com mais frequência, criou o que diz ser o primeiro clube de assinaturas do produto no Brasil, o Club Tie.
Devido às obras que visita, o engenheiro civil Mauro Monte Costa, 42 anos, porto-alegrense que mora em Caxias do Sul, raramente pode usar gravata. Do sonho reprimido de vestir o adereço com mais frequência, criou o que diz ser o primeiro clube de assinaturas do produto no Brasil, o Club Tie.
A ideia é atingir um público volumoso. Segundo Mauro, há quase um milhão de pessoas que utilizam gravata cotidianamente no País. E o item, como o empreendedor afirma, satisfaz o desejo de alguns homens se presentearem. “Muito se fala em empoderamento feminino, mas existe também o masculino. A gravata dá credibilidade, respeito”, considera.
Mauro passou três dias pesquisando qual produto poderia virar seu novo negócio de vida. Foi numa noite que teve o clique da gravata, há cerca de um ano.
Antes de colocar o projeto na rua, pesquisou muito, testou várias embalagens. Ligou para o diretor do Clube Wine, que é referência nas vendas por assinaturas, e embarcou ao Espírito Santo para aprender a partir da experiência dele. “Isso foi um grande incentivo”, avalia.
O trunfo da indústria de clubes é a questão do pagamento recorrente, da clientela mensal certa. Funcionando há três meses, o Club Tie tem 20 assinantes, alguns deles fora do Rio Grande do Sul, como São Paulo e Belo Horizonte, uma vez que atende todo o Brasil.
Uma gravata é enviada por mês com um card que contém alguma dica de moda, saúde ou economia. Os clientes optam por dois tipos de planos, o Ouro, que custa R$ 89,90, ou o Diamante, de R$ 259,90. A diferença está no tipo de tecido. No primeiro, são usados materiais sintéticos e naturais. No segundo, seda italiana feita a mão.
Club Tie/Divulgação/JC
Mauro diz que empreender, agora, em uma área que não tem tanta afinidade é uma forma de diminuir sua inquietude. “Sempre esbarrei no medo. Mas o receio bateu com a possibilidade de dar certo”, orgulha-se, por ter realizado a empreitada. "10% do valor da assinatura de cada um dos sócios são destinados para duas instituições que fazem trabalhos sociais, o Projeto Camaleão e a Horta Comunitária Joanna de Ângelis", completa.
Atualmente, cerca de 10 pessoas se envolvem nas rotinas da empresa, de forma direta ou indireta. A aposta é, no futuro, lançar uma loja virtual com mais artigos de moda masculina.

Você sabia?

De acordo com dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio eletrônico), o número de clubes de assinatura quase triplicou no Brasil. Em 2014 eram 300 empresas. Hoje são mais de 800. Nos Estados Unidos, os clubes já faturam US$ 10 bilhões por ano.