Ana Rowe aposta no slow fashion e produz apenas três unidades de cada peça

Aposentada enaltece trabalhos de artistas gaúchos em camisetas


Ana Rowe aposta no slow fashion e produz apenas três unidades de cada peça

Aos 67 anos, a aposentada Ana Rowe criou uma marca de roupas que leva seu nome com o propósito de divulgar os trabalhos produzidos por artistas gaúchos. A empreendedora conta que a ideia surgiu da época em que morava no Rio de Janeiro e vinha anualmente ao Rio Grande do Sul. Na hora de levar lembranças para lá, queria fugir do convencional: cuias, bombachas e chapéus tradicionalistas gaúchos.
Aos 67 anos, a aposentada Ana Rowe criou uma marca de roupas que leva seu nome com o propósito de divulgar os trabalhos produzidos por artistas gaúchos. A empreendedora conta que a ideia surgiu da época em que morava no Rio de Janeiro e vinha anualmente ao Rio Grande do Sul. Na hora de levar lembranças para lá, queria fugir do convencional: cuias, bombachas e chapéus tradicionalistas gaúchos.
Ana mudou-se para Porto Alegre em 2012. No ano seguinte, ingressou no Atelier Livre de Porto Alegre. Esse espaço, localizado na avenida Érico Veríssimo, nº 307, no bairro Menino Deus, funciona como uma escola de artes e promove a produção criativa local. Por ali, teve contato com diversos tipos de arte. E, após participar de uma oficina de moda, se aprofundou em conhecer a sublimação em tecido. "Comecei com umas camisetas bem simples, aplicando as artes produzidas por uma colega", lembra.
A primeira coleção de peças foi lançada em outubro de 2015, na Galeria Duque - sim, a mesma que Rosane Morais (acima) está instalada. "Eram obras só de artistas do Atelier Livre, minha professora e colegas", pontua. Mas não são só produções de terceiros que embelezam as estampas. Ana também se aventura e coloca suas obras nas camisetas. "Até que o pessoal curte bastante", orgulha-se. Aos artistas que concedem o direito de imagem, é feita uma dedicatória na etiqueta da peça. Nela, vai uma minibiografia do autor e uma explicação sobre a composição. "A maior parte dos artistas é muito receptiva à minha proposta de divulgá-los", comemora.
CLAITON DORNELLES /JC
Ana não se considera nem artista nem estilista. "Estou no meio termo, mas acho que para me considerar algo tenho que estudar e me aprofundar mais no assunto", entende.
Ela não faz questão de produzir em grande escala e se identifica com o estilo slow fashion. São produzidas, no máximo, três unidades de cada peça.
"À medida que as pessoas querem, eu produzo mais alguma coisa", expõe. É possível encontrar as produções da Ana Rowe expostas em algumas lojas da Capital, como na da Fundação Iberê Camargo (avenida Padre Cacique, nº 2.000), Livraria Bamboletras (avenida General Lima e Silva, nº 776) e Singullar Presentes, Moda e Cultura (avenida Lima e Silva, 297).