Publicada em 09 de Setembro de 2021 às 17:49

Trabalho gaúcho reduz poluição de efluentes industriais

Empresa Sanitec foi criada pelos sócios Osvaldo Faria e Wolney Nunes

Empresa Sanitec foi criada pelos sócios Osvaldo Faria e Wolney Nunes


Sanitec/Divulgação/JC
Vanessa Ferraz, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A Sanitec - Tecnologia Ambiental, empresa de Pelotas, oferece soluções para a poluição causada pelo efluente industrial, principalmente no setor agroindustrial de forma ampla: produção de arroz, frigoríficos, empresas de laticínios e curtumes. E também realiza um trabalho de consultoria para a conformidade das indústrias com os órgãos de regulação ambiental, além do apoio às pesquisas acadêmicas.
A maioria das fábricas do eixo Porto Alegre - Pelotas usa os recursos da Sanitec, mas os clientes não são apenas locais. O que é desenvolvido, no Sul do Estado, já foi aplicado em estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Goiás. E, fora das fronteiras nacionais, no Paraguai e na Costa Rica.
A trajetória começou no início dos anos 1990, quando o engenheiro químico Osvaldo Faria e o engenheiro agrônomo Wolney Nunes (atuais diretores da empresa) ingressaram no Mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UfPel). O contato com a experiência do professor Paulo Koetz foi fundamental para o desenvolvimento do sistema que mais tarde daria início a empresa. "Nosso orientador veio da França, na época, com algumas novidades tecnológicas, mas direcionadas para o meio acadêmico", conta Faria.
A pesquisa avançou para estudos mais concretos e a aplicabilidade dos sistemas anaeróbios, que são microrganismos que convertem toda a matéria orgânica que causa a poluição na água (vinda dos efluentes industriais) em biogás (metano e gás carbônico) que pode ser queimado e transformado em fonte de energia, sem precisar de ar, dentro de um reator.
"Começamos de uma maneira muito inicial, mas à medida que o trabalho foi ganhando corpo precisávamos de um investidor", relembra o Faria, ressaltando ainda que quem fosse investir precisaria apostar em algo totalmente novo, que ainda não existia. O primeiro empresário a acreditar na tecnologia foi Nelson Wendt, e com isso, os sistemas anaeróbios entraram na indústria do arroz parbolizado.
"Percebemos que a indústria cervejeira, que gerava um efluente muito parecido com o produzido pelo arroz, utilizava os mecanismos que estávamos testando, com o método importado da Europa", conta o diretor. A comparação estava certa, o que rendeu sucesso nos testes e uma adesão grande por parte das empresas arrozeiras da região.
Além dos sistemas biológicos de combate à poluição industrial, a Sanitec percebeu que outra vertente que precisava de auxílio era o da conformidade das empresas com a legislação ambiental. Faria relata que muitas empresas eram autuadas por órgãos de fiscalização simplesmente porque não conseguiam se adequar às exigências. 
Esse cenário mudou a partir das novas soluções ecológicas. "A indústria do arroz deu um salto em tecnologia nesses últimos 30 anos", destaca o gestor da Sanitec. Em contrapartida, as legislações foram ficando mais exigentes em relação a outros parâmetros. A indústria tem que atender às exigências previstas na lei para ganhar o licenciamento junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e assim poder funcionar. Atualmente, com a maior capacidade as empresas em se adequarem às exigências ambientais graças à pesquisa e às soluções da Sanitec, muitas indústrias conseguem um melhor resultado.
"A empresa nos contrata, fazemos o projeto que deve ser aprovado pela Fepam, e depois passa para a execução", explica Faria. O auxílio continua com orientações, com o projeto arquitetônico, mas a empresa não executa a obra civil. O diretor conta que tem clientes que estão com eles há 30 anos, desde o início dos trabalhos.
A Sanitec - Tecnologia Ambiental, empresa de Pelotas, oferece soluções para a poluição causada pelo efluente industrial, principalmente no setor agroindustrial de forma ampla: produção de arroz, frigoríficos, empresas de laticínios e curtumes. E também realiza um trabalho de consultoria para a conformidade das indústrias com os órgãos de regulação ambiental, além do apoio às pesquisas acadêmicas.
A maioria das fábricas do eixo Porto Alegre - Pelotas usa os recursos da Sanitec, mas os clientes não são apenas locais. O que é desenvolvido, no Sul do Estado, já foi aplicado em estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Goiás. E, fora das fronteiras nacionais, no Paraguai e na Costa Rica.
A trajetória começou no início dos anos 1990, quando o engenheiro químico Osvaldo Faria e o engenheiro agrônomo Wolney Nunes (atuais diretores da empresa) ingressaram no Mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UfPel). O contato com a experiência do professor Paulo Koetz foi fundamental para o desenvolvimento do sistema que mais tarde daria início a empresa. "Nosso orientador veio da França, na época, com algumas novidades tecnológicas, mas direcionadas para o meio acadêmico", conta Faria.
A pesquisa avançou para estudos mais concretos e a aplicabilidade dos sistemas anaeróbios, que são microrganismos que convertem toda a matéria orgânica que causa a poluição na água (vinda dos efluentes industriais) em biogás (metano e gás carbônico) que pode ser queimado e transformado em fonte de energia, sem precisar de ar, dentro de um reator.
"Começamos de uma maneira muito inicial, mas à medida que o trabalho foi ganhando corpo precisávamos de um investidor", relembra o Faria, ressaltando ainda que quem fosse investir precisaria apostar em algo totalmente novo, que ainda não existia. O primeiro empresário a acreditar na tecnologia foi Nelson Wendt, e com isso, os sistemas anaeróbios entraram na indústria do arroz parbolizado.
"Percebemos que a indústria cervejeira, que gerava um efluente muito parecido com o produzido pelo arroz, utilizava os mecanismos que estávamos testando, com o método importado da Europa", conta o diretor. A comparação estava certa, o que rendeu sucesso nos testes e uma adesão grande por parte das empresas arrozeiras da região.
Além dos sistemas biológicos de combate à poluição industrial, a Sanitec percebeu que outra vertente que precisava de auxílio era o da conformidade das empresas com a legislação ambiental. Faria relata que muitas empresas eram autuadas por órgãos de fiscalização simplesmente porque não conseguiam se adequar às exigências. 
Esse cenário mudou a partir das novas soluções ecológicas. "A indústria do arroz deu um salto em tecnologia nesses últimos 30 anos", destaca o gestor da Sanitec. Em contrapartida, as legislações foram ficando mais exigentes em relação a outros parâmetros. A indústria tem que atender às exigências previstas na lei para ganhar o licenciamento junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e assim poder funcionar. Atualmente, com a maior capacidade as empresas em se adequarem às exigências ambientais graças à pesquisa e às soluções da Sanitec, muitas indústrias conseguem um melhor resultado.
"A empresa nos contrata, fazemos o projeto que deve ser aprovado pela Fepam, e depois passa para a execução", explica Faria. O auxílio continua com orientações, com o projeto arquitetônico, mas a empresa não executa a obra civil. O diretor conta que tem clientes que estão com eles há 30 anos, desde o início dos trabalhos.
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