Publicada em 09 de Setembro de 2021 às 17:45

Ignis Animal Science desenvolve produtos para gado leiteiro

Josiane Feijó lidera a empresa especializada em produtos de nutrição animal com foco em bovinos de leite.

Josiane Feijó lidera a empresa especializada em produtos de nutrição animal com foco em bovinos de leite.


Ignis Animal Science/divulgação/jc
Cristine Pires, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A paixão e a vontade de ajudar os animais levaram a farmacêutica e bioquímica Josiane de Oliveira Feijó a fazer o doutorado na área de Medicina Veterinária. "Foi onde eu me achei, pois minha veia sempre pulsou mais para este lado", conta ela. Os ensinamentos obtidos nos cursos de Farmácia e Bioquímica foram essenciais para o desenvolvimento de projetos de continuidade dos estudos. Como resultado, surgiu a startup Ignis Animal Science Pesquisa Científica e Inovação Tecnológica Ltda., especializada em produtos e serviços para os setores farmacêuticos e de nutrição animal com foco em bovinos de leite.
A ideia de colocar em prática os ensinamentos acumulados ao longo dos anos surgiu de conversas com o mentor acadêmico de Josiane, o médico veterinário Marcio Nunes Correa, professor titular de Clínica Médica de Grandes Animais no Departamento de Clínicas Veterinária da UFPel (Universidade Federal de Pelotas). Eles se deram conta de que a maioria dos produtos disponíveis no mercado eram oriundos de multinacionais. Então Josiane, sócia-proprietária e diretora da Ignis, vencedora do prêmio Futuro da Terra na categoria Startup de Agronegócio, percebeu a oportunidade de criar soluções próprias na área.
Embora a Ignis seja nova no mercado - foi aprovada, em abril de 2018, como pré-incubada da Incubadora de Base Tecnológica (Conectar) em edital da Ufpel - as pesquisas começaram muito tempo antes. Há 10 anos, Josiane trabalha com inovação na área por meio do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária (Nupeec) da UFPel.
Depois da fase de pré-incubação, em 2019, a Ignis foi implementada com seu próprio registro e passou a ser incubada do Parque Tecnológico da cidade de Pelotas. Hoje, a startup de agronegócios trabalha em diversos projetos junto com a UFpel. Entre eles, está o "Desenvolvimento de um Produto de Liberação Lenta de 5 - Hidroxitriptamina para Prevenção e Tratamento de Hipocalcemia em Vacas Leiteiras".
A pesquisadora e empreendedora ficou em primeiro lugar no Edital Doutor Empreendedor entre os 20 projetos que concorreram à bolsa concedida pela Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul) em parceria com CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Sebrae-RS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio Grande do Sul).
Das frentes envolvendo inovação, três foram aprovadas no primeiro Edital Gaúcho de Inovação para Indústria da Fiergs, todos voltados para a sanidade dos animais. Uma delas é justamente a da hipocalcemia. A doença consiste na deficiência em cálcio encontrada em vacas leiteiras no período em que estão em lactação. Outro projeto está focado em um suplemento nutricional para terneiras acometidas por diarreia ou alguma desnutrição.
Produto pioneiro chegará ao consumidor
As iniciativas da Ignis Animal Science já deram resultados práticos. Em julho deste ano, foi lançado o primeiro produto com a marca da startup. Trata-se do Cal Up, suplemento que busca solucionar a hipocalcemia. “Muitas vezes o rebanho não apresenta sintomas de uma síndrome mais aguda, mas esta condição atinge cerca de 50% do rebanho justamente no momento se inicia a produção leiteira”, explica Josiane, ao completar que, uma vez que o cálcio é direcionado para o leite, há uma redução em seu nível no organismo do animal. “O suplemento que desenvolvemos aumenta os níveis de cálcio em apenas trinta minutos após a ingestão e os mantêm altos no animal”, ressalta Josiane.
Segundo a sócia-proprietária e diretora da Ignis, as soluções disponíveis até hoje no mercado exigem de três a quatro aplicações para normalizar a concentração de cálcio. No caso do Cal Up, normalmente apenas uma aplicação – no máximo duas, dependendo do caso – é suficiente para perceber a melhora na primeira ordenha. “O Cal Up eleva os níveis de cálcio, deixando o animal com suporte de mineral para que não ocorra a queda do cálcio e para que mantenha os níveis constantes por, pelo menos, sete dias, o que reflete na produção de leite”, explica.
A UFpel (Universidade Federal de Pelotas) destaca que o Cal Up é o primeiro produto desenvolvido no contexto de um projeto de pesquisa da universidade que chega às prateleiras para o consumidor, após ser patenteado e licenciado por meio de parceria entre a Ignis e a universidade.
A paixão e a vontade de ajudar os animais levaram a farmacêutica e bioquímica Josiane de Oliveira Feijó a fazer o doutorado na área de Medicina Veterinária. "Foi onde eu me achei, pois minha veia sempre pulsou mais para este lado", conta ela. Os ensinamentos obtidos nos cursos de Farmácia e Bioquímica foram essenciais para o desenvolvimento de projetos de continuidade dos estudos. Como resultado, surgiu a startup Ignis Animal Science Pesquisa Científica e Inovação Tecnológica Ltda., especializada em produtos e serviços para os setores farmacêuticos e de nutrição animal com foco em bovinos de leite.
A ideia de colocar em prática os ensinamentos acumulados ao longo dos anos surgiu de conversas com o mentor acadêmico de Josiane, o médico veterinário Marcio Nunes Correa, professor titular de Clínica Médica de Grandes Animais no Departamento de Clínicas Veterinária da UFPel (Universidade Federal de Pelotas). Eles se deram conta de que a maioria dos produtos disponíveis no mercado eram oriundos de multinacionais. Então Josiane, sócia-proprietária e diretora da Ignis, vencedora do prêmio Futuro da Terra na categoria Startup de Agronegócio, percebeu a oportunidade de criar soluções próprias na área.
Embora a Ignis seja nova no mercado - foi aprovada, em abril de 2018, como pré-incubada da Incubadora de Base Tecnológica (Conectar) em edital da Ufpel - as pesquisas começaram muito tempo antes. Há 10 anos, Josiane trabalha com inovação na área por meio do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária (Nupeec) da UFPel.
Depois da fase de pré-incubação, em 2019, a Ignis foi implementada com seu próprio registro e passou a ser incubada do Parque Tecnológico da cidade de Pelotas. Hoje, a startup de agronegócios trabalha em diversos projetos junto com a UFpel. Entre eles, está o "Desenvolvimento de um Produto de Liberação Lenta de 5 - Hidroxitriptamina para Prevenção e Tratamento de Hipocalcemia em Vacas Leiteiras".
A pesquisadora e empreendedora ficou em primeiro lugar no Edital Doutor Empreendedor entre os 20 projetos que concorreram à bolsa concedida pela Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul) em parceria com CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Sebrae-RS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio Grande do Sul).
Das frentes envolvendo inovação, três foram aprovadas no primeiro Edital Gaúcho de Inovação para Indústria da Fiergs, todos voltados para a sanidade dos animais. Uma delas é justamente a da hipocalcemia. A doença consiste na deficiência em cálcio encontrada em vacas leiteiras no período em que estão em lactação. Outro projeto está focado em um suplemento nutricional para terneiras acometidas por diarreia ou alguma desnutrição.
Produto pioneiro chegará ao consumidor
As iniciativas da Ignis Animal Science já deram resultados práticos. Em julho deste ano, foi lançado o primeiro produto com a marca da startup. Trata-se do Cal Up, suplemento que busca solucionar a hipocalcemia. “Muitas vezes o rebanho não apresenta sintomas de uma síndrome mais aguda, mas esta condição atinge cerca de 50% do rebanho justamente no momento se inicia a produção leiteira”, explica Josiane, ao completar que, uma vez que o cálcio é direcionado para o leite, há uma redução em seu nível no organismo do animal. “O suplemento que desenvolvemos aumenta os níveis de cálcio em apenas trinta minutos após a ingestão e os mantêm altos no animal”, ressalta Josiane.
Segundo a sócia-proprietária e diretora da Ignis, as soluções disponíveis até hoje no mercado exigem de três a quatro aplicações para normalizar a concentração de cálcio. No caso do Cal Up, normalmente apenas uma aplicação – no máximo duas, dependendo do caso – é suficiente para perceber a melhora na primeira ordenha. “O Cal Up eleva os níveis de cálcio, deixando o animal com suporte de mineral para que não ocorra a queda do cálcio e para que mantenha os níveis constantes por, pelo menos, sete dias, o que reflete na produção de leite”, explica.
A UFpel (Universidade Federal de Pelotas) destaca que o Cal Up é o primeiro produto desenvolvido no contexto de um projeto de pesquisa da universidade que chega às prateleiras para o consumidor, após ser patenteado e licenciado por meio de parceria entre a Ignis e a universidade.
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